Lares de terceira idade em Portugal: o que se passa do outro lado da porta?
Portugal é cada vez mais um país de idosos, com poucas respostas para a velhice. Que políticas públicas, privadas e do setor social são necessárias para apoiar uma população cada vez mais grisalha? Debate no podcast POD Pensar, moderado por Aurélio Gomes.
- Editor
- Maria João Amorim

Portugal é o terceiro país mais envelhecido da Europa, só ultrapassado por Itália e pela Alemanha, segundo o Eurostat. É também o país da União Europeia que está a envelhecer mais rapidamente. Em 2022, metade da população portuguesa tinha mais de 46,8 anos, a segunda idade mediana mais elevada no conjunto dos países analisados. Quer isto dizer que metade da população está abaixo dessa idade, e a outra metade acima. Dez anos antes, em 2012, a idade mediana dos portugueses era de 42,1 anos.
A desequilibrada balança demográfica diz que, por cada cem jovens portugueses, há hoje 182 idosos.
O recente e mediático encerramento de um lar de terceira idade na Lourinhã trouxe à luz do dia a cruel verdade sobre Portugal e a sua população de maior idade: somos (cada vez mais) um país de velhos, com poucas respostas para a velhice. E, isto, apesar de a oferta de lares ter duplicado em 20 anos. O problema é que não chega para a procura.
Envelhecer bem será uma exigência cada vez mais comum. Não só ao nível individual, mas ao nível coletivo também. O que queremos, como sociedade, neste novo tempo demográfico?
Esta é a principal inquietação que Aurélio Gomes, moderador do podcast da DECO PROTESTE, o POD Pensar, lança no episódio que debate o panorama dos lares de terceira idade em Portugal e o envelhecimento do País.
Em estúdio estiveram João Ferreira de Almeida, ex-presidente da Associação de Apoio Domiciliário, de Lares e Casas de Repouso de Idosos; Paulo Machado, presidente da Associação Portuguesa de Demografia; e João Gorjão Clara, médico com competência em Geriatria pela Ordem dos Médicos e presidente da Associação dos Médicos dos Idosos Institucionalizados.
Considerando que, entre 2011 e 2021, Portugal perdeu mais de 200 mil habitantes e que até 2050, prevê a Comissão Europeia, o País perderá um milhão de trabalhadores, que políticas públicas, privadas e do setor social são necessárias para apoiar uma população cada vez mais grisalha?
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