Desconfinamento: o que deve ponderar antes de visitar familiares e amigos
Já é possível rever familiares e amigos, mas o risco de contágio continua a existir. Pondere bem cada encontro e tome cuidados especiais no contacto com grupos de risco.
- Dossiê técnico
- Susana Santos e Teresa Rodrigues
- Texto
- Ana Santos Gomes

Com o fim do estado de emergência e início das várias fases de desconfinamento, os portugueses voltam a ter total liberdade de circulação pelo País e a procura de entes queridos tem sido uma das prioridades para muitos. No entanto, o risco de contágio não desapareceu e há que tomar precauções em todos os (re)encontros.
Antes de partir para uma visita, reflita sobre a condição de saúde de quem vai visitar e sobre o grau de exposição ao vírus a que ambos podem ter estado sujeitos nas últimas semanas. O levantamento de restrições à circulação aumenta a responsabilidade individual e coletiva, uma vez que o vírus circula na comunidade e é facilmente transmissível. Como nenhuma visita está proibida, cabe a cada cidadão avaliar os riscos das iniciativas. Sempre que possível, os encontros devem ocorrer em espaços abertos.
Visitas com menor risco
Estão menos sujeitos a risco de exposição ao novo coronavírus os encontros entre pessoas que estiveram em confinamento nos últimos 14 dias, permanecendo maioritariamente em casa, seja porque estão em teletrabalho, em lay-off, desempregados ou a estudar a partir de casa, sem qualquer sintoma suspeito, e que têm cumprido as regras de distanciamento social e de etiqueta respiratória sempre que saem de casa ou estão em contacto com terceiros. Isto implica que tenham mantido uma distância mínima de 2 metros de pessoas não vivem consigo e que tenham frequentado espaços fechados com máscara, higienizando frequentemente as mãos e após o contacto com superfícies potencialmente contaminadas.
Ainda assim, se a pessoa visitada pertencer a um grupo de risco (pessoas com sistema imunitário comprometido, doentes crónicos e idosos acima de 70 anos), recomenda-se o uso de máscara e grande prudência em eventuais contactos físicos.
Visitas com risco moderado
Frequentar transportes públicos ou espaços fechados com elevado número de pessoas eleva o risco de exposição ao novo coronavírus, já que nem sempre é possível garantir o distanciamento social mínimo de 2 metros entre pessoas. Nessa condição, há que refletir sobre a urgência de encontros com familiares e amigos, tendo também em conta a condição da pessoa visitada. Aqui, a decisão deverá ter sempre em conta a eventual presença de grupos de risco em possíveis encontros. Se a visita for inadiável, há que ter consciência de que há algum risco de contágio, pelo que a proteção dos mais frágeis e de quem visita deve ser assegurada com rigor.
Visitas não recomendadas
Pessoas com febre, tosse e outros sintomas suspeitos de infeção por covid-19, ou que tenham estado em contacto com pessoas doentes ou suspeitas de infeção nos últimos 14 dias, devem abster-se de visitar familiares e amigos, procurando uma avaliação clínica junto da linha SNS24. Devem também permanecer isoladas e abster-se de frequentar espaços públicos, a menos que seja para receber cuidados de saúde inadiáveis.
E se já tive covid-19?
Se esteve infetado com covid-19 e recuperou, tal não significa que tenha adquirido imunidade à doença. Não há, até ao momento, evidência científica sobre esta matéria, pelo que qualquer visita a familiares ou amigos deverá obedecer aos mesmos cuidados recomendados a pessoas que nunca estiveram infetadas.
Máscaras diferentes para ida e volta
Quem tem de se deslocar para o trabalho em transportes públicos deve usar uma máscara para a ida e outra para o regresso ao fim do dia. Ainda que a máscara seja reutilizável, tem de ser lavada antes de uma segunda utilização. Mantenha-a num saco fechado até chegar a casa. Nenhuma máscara, independentemente do tipo, deve ser usada por mais de quatro horas seguidas. Devem ainda ser retiradas de imediato se ficarem húmidas.
Durante a utilização, certifique-se de que a máscara está sempre bem ajustada ao rosto, cobrindo o nariz, a boca e o queixo. Evite tocar na máscara já colocada. Se o fizer, lave ou desinfete as mãos, tal como o deve fazer imediatamente antes e depois de colocar e de retirar a máscara.
Perto da vista, mas longe das mãos
Manter uma distância de 1,5 a 2 metros de outras pessoas é a principal medida que concretiza o conceito de distanciamento social, tão em voga. Aplique-a sempre que possível, mesmo em casa de amigos e familiares. Caso não seja possível manter os encontros em espaços abertos, procure manter as áreas de reunião arejadas, deixando os lugares junto às janelas para as pessoas mais frágeis. Evite a partilha de objetos. Se o fizer, certifique-se de que são corretamente desinfetados antes de mudarem de mãos. Assegure também a limpeza e desinfeção de superfícies e objetos que possam ser utilizados por mais do que uma pessoa, tais como mesas, cadeiras, maçanetas e interruptores.Junte-se à maior organização de consumidores portuguesa
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