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Como escolher o melhor creme hidratante

Creme hidratante

Como outros cosméticos, os cremes hidratantes usam e abusam de alegações, como “hipoalergénico”, “dermatologicamente testado”, “sem parabenos” e “sem conservantes”, que não dão nenhuma garantia de qualidade ao consumidor, podendo até ser enganadoras.
O uso diário de um bom creme hidratante pode ajudar a manter a pele macia, elástica e com aspeto saudável. Quase todos os cremes testados apresentam uma boa capacidade de hidratação da pele normal ou seca, mas alguns incluem substâncias com elevado potencial alergénico. O ideal será optar por produtos com a menor quantidade de ingredientes, sobretudo se a pele for muito sensível.

Os cremes com propilparabeno de sódio ou methylisothiazolinone devem ser evitados. A primeira substância pode atuar como desregulador endócrino, que pode favorecer, por exemplo, a infertilidade e o desenvolvimento de cancro. A methylisothiazolinone, um conservante alergénico, foi proibida pela União Europeia em cosméticos que permanecem na pele, embora os produtos que a contêm possam continuar à venda até fevereiro de 2017.

Os contactos nacionais (do fabricante ou representante) na embalagem facilitam a tarefa aos consumidores que tenham problemas com o produto ou dúvidas para esclarecer. Mais: é importante que a lista de ingredientes conste na embalagem exterior, descartável, e na interior. A informação da primeira pode ser crucial na altura de escolher. A segunda pode ser útil, por exemplo, para identificar a origem de uma reação da pele durante a utilização, quando já não se dispõe da caixa exterior.

A presença de um fator de proteção solar (FPS) não é essencial. Se este for demasiado baixo (inferior a 15), em dias de sol, precisará sempre de aplicar também um protetor “normal”. Caso seja superior a 15, poderá resguardar o rosto, por exemplo, na viagem para o trabalho, mas só isso. Para uma proteção mais duradoura, teria de pôr creme a cada duas horas que passasse ao ar livre.