Depilação a laser ou com luz pulsada: técnicas, dicas e cuidados

A depilação a laser ou com luz pulsada são métodos de depilação “definitiva”, mas não garantem a eliminação total dos pelos. É mais realista pensar numa redução permanente dos pelos. Algumas soluções temporárias passam pela utilização de lâmina, de cera ou de creme depilatório.
Cortar os pelos
É frequente pensar-se que cortar os pelos faz com que estes cresçam mais grossos e densos, mas os estudos não confirmam esta ideia. No seu crescimento natural, os pelos costumam ser mais grossos junto à raiz e vão-se tornando mais finos até à ponta. Ao cortá-los na zona mais grossa, quando recomeçam a crescer parece que engrossaram.
Lâminas e máquinas de depilação
As lâminas e as máquinas elétricas são um sistema simples e rápido de cortar os pelos. Ao fazer a depilação com lâmina, utilize um gel para molhar e levantar o pelo de forma a facilitar o seu corte. As máquinas elétricas são semelhantes às máquinas de barbear. Permitem uma depilação rápida e indolor.
Creme depilatório ou similares
Outra forma de cortar os pelos passa por usar creme, gel ou espuma depilatória. O princípio básico é o mesmo das lâminas, ainda que o mecanismo seja diferente. O pelo é cortado, neste caso, devido a uma reação química. A raiz permanece na pele e, por isso, a depilação dura tanto como se fosse feita com uma lâmina. Aplique o creme uniformemente na superfície a depilar. Pode fazê-lo com a espátula que normalmente vem incluída na embalagem. Depois de alguns minutos, de acordo com a informação indicada no rótulo, remova o creme com a espátula e, posteriormente, lave com água. Nunca deixe o creme atuar durante mais tempo do que o necessário, para diminuir o risco de irritações da pele.
Arrancar os pelos pela raiz
Este tipo de depilação pode durar algumas semanas, mas tudo depende da velocidade de crescimento do pelo de cada pessoa. Por norma, o pelo enfraquece e a quantidade de pelos nas áreas depiladas diminui. As diversas técnicas possíveis variam quanto à eficácia e à facilidade de utilização.
- Com pinça: as pinças arrancam o pelo pela raiz. Passado algum tempo, o pelo volta a crescer, mas é um método mais duradouro do que cortar. É uma ferramenta útil para depilar áreas limitadas, como as sobrancelhas. É impensável fazer a depilação nas pernas com uma pinça. Uma alternativa mais rápida que a pinça para remover os pelos do rosto é a depilação com fio.
- Com cera quente: a cera quente é uma mistura de resina e de cera de abelha, com ou sem perfume. Primeiro é aquecida em banho-maria, no micro-ondas ou num aparelho próprio; depois é aplicada na pele. Com a cera quente obtêm-se resultados bastante duradouros (até 20 dias). O calor da cera abre os poros, facilitando a extração dos pelos. No entanto, não é aconselhável para mulheres que tenham uma pele muito sensível ou problemas de circulação. O principal risco da cera quente são as queimaduras.
- Com cera fria: atua sobre o mesmo princípio mecânico da cera quente, mas a sua composição e consistência é diferente. Está pronta a usar. Existe em tiras de plástico ou bandas de papel impregnadas de cera, de diferentes tamanhos, consoante as partes do corpo a depilar. Estas bandas são ligeiramente aquecidas entre as mãos antes de aplicadas sobre a pele. A mesma tira pode ser utilizada várias vezes. Este método dá menos trabalho do que a cera quente, mas é menos eficaz e mais irritante para a pele. Ainda assim, os resultados da depilação podem durar algumas semanas.
- Com depiladora elétrica: as depiladoras elétricas prendem os pelos entre discos, puxando até os extrair pela raiz. Em geral, são aparelhos relativamente eficazes, fáceis de utilizar e que não necessitam de uma manutenção complicada. O principal inconveniente é que algumas pessoas consideram este processo bastante doloroso. A dor varia consoante o número de pelos e da sensibilidade de cada um. Alguns aparelhos permitem mudar a cabeça e colocar uma de corte. Esta é uma boa opção para quem pretenda arrancar os pelos, por exemplo nas pernas, e cortar em áreas mais sensíveis, como as virilhas e axilas.
Depilação a laser vs. luz pulsada: qual a melhor?
A fotodepilação, com laser, visa destruir a raiz, através de um feixe de luz, sem danificar os tecidos envolventes. Estima-se que em cada sessão no centro de estética sejam atingidos 20% a 30% dos pelos da zona a depilar, todos os que se encontram na fase de crescimento, que pode durar entre três e seis anos. Qualquer zona do corpo pode ser depilada através destes métodos.
Atualmente, o laser é o método mais eficaz. Nos centros de estética são frequentemente utilizados os lasers de Alexandrite e de Díodo de longo pulso, com melhores resultados para o primeiro. Ambos apresentam efeitos superiores aos da luz pulsada intensa, mais conhecida por IPL (do inglês intense pulsed light). Este é um sistema comum nos equipamentos para uso doméstico. Esta tecnologia é mais barata e envolve menos riscos do que o laser. Os aparelhos para usar em casa são menos potentes e, consequentemente, menos eficazes do que os dos centros de estética. Para obter os mesmos resultados, são necessárias mais sessões e mais tempo de tratamento, mas o custo final é bastante mais baixo.
Existem vários tipos de laser e outras fontes de luz. Na escolha, é importante ter em conta o tipo de pele e de pelos. Quando mais escura for a pele, maior terá de ser o comprimento de onda do laser, de modo a diminuir a absorção de luz pela melanina e o risco de danos na pele.
Laser Rubi
Emite uma luz vermelha no comprimento de onda de 694 nanómetros (nm). As peles claras com pelo escuro são boas candidatas a este tipo de laser.
Laser de Alexandrite
Trabalha com comprimento de onda de 755 nanómetros. Tem eficácia de 56%, na primeira sessão, e de 95%, após várias sessões. Indicado para pele muito clara e pelos escuros, embora também possa ser usado em pele escura.
Laser de Díodo de longo pulso
Com comprimento de onda entre 800 e 1000 nanómetros, apresenta 34% de eficácia na primeira sessão e de 84% após várias sessões. Apresenta bons resultados em vários tipos de pele, mas há casos de complicações, como eritema reticular (lesão vascular).
Laser de Neodímio (Nd) YAG de longo pulso
Com comprimento de onda de 1064 nanómetros, apresenta uma eficácia entre 27% e 53%, consoante o número de sessões. É dos métodos mais dolorosos.
Luzes Pulsadas Intensas (IPL)
Com comprimento de onda entre 550 e 1200 nanómetros nos centros de estética, revelam uma eficácia de 80% após três a cinco sessões. Não são propriamente um laser. É apropriado para zonas grandes do corpo, pois os aparelhos são mais largos do que noutros sistemas.
Se forem corretamente usadas, estas técnicas são pouco dolorosas. A pele pode ficar avermelhada e com sensação de queimadura solar, que deve desaparecer em poucas horas. As manchas, se surgirem, devem desaparecer em uma ou duas semanas. Se tal não suceder, consulte o médico. Tenha sempre em atenção as contraindicações de cada tipo de tratamento.
Os equipamentos IPL de usar em casa exigem um investimento inicial elevado e demoram mais tempo a eliminar os pelos. Ainda assim, acabam por permitir uma depilação mais barata do que os centros de estética, são mais práticos, porque estão sempre à mão, e podem ser usados por mais do que um elemento da família. Estes aparelhos são seguros e fáceis de utilizar. Ainda assim, deve respeitar as instruções de utilização, sobretudo o intervalo recomendado entre as sessões.
Cuidados a ter na depilação
De antemão, não há qualquer garantia de eliminação total do pelo com nenhum sistema. Apesar disso, há fatores nos vários métodos de depilação que podem influenciar na escolha.
Cortar o pelo é uma forma rápida e simples de depilação, mas menos duradoura do que arrancar pela raiz ou recorrer à depilação "definitiva".
No caso da cera e da depiladora elétrica, a principal desvantagem é ter de aguardar que o pelo cresça, pelo menos, quatro a cinco milímetros para poder fazer a depilação. Retirar a cera, quente ou fria, pode ser doloroso, principalmente nas primeiras vezes. Deverá ter cuidado para não aplicar a cera demasiado quente, pois pode provocar queimaduras.
Para depilação dita definitiva, antes de iniciar um tratamento identifique o tipo de pele. Há seis fototipos. A máxima eficácia da fotodepilação verifica-se em pele branca com pelos negros e grossos. Quanto maior o contraste entre a cor da pele e a dos pelos melhores são os resultados. Os feixes de luz não atuam sobre pelos brancos e pouco atingem os loiros claros e os ruivos.
Ao contrário do que acontece com a exposição ao sol, a pele escura corre maior risco de queimadura. A melanina que lhe dá cor e a defende dos raios solares absorve luz da fotodepilação, que pode danificar os tecidos.
Caso reúna condições para fazer este tipo de depilação, é importante saber que:
- não pode arrancar os pelos no mês anterior, para que os folículos estejam intactos;
- a pele deve estar o mais "branca" possível e não convém alourar os pelos;
- no dia do "tratamento", corte os pelos com uma lâmina;
- nas 24 horas a seguir à depilação, não exponha a zona depilada ao sol;
- use protetor solar, no mínimo, com fator 30, sempre que andar ao ar livre nas duas semanas seguintes ao tratamento;
- não use autobronzeadores.
A depilação com IPL pode ter como efeitos: pele seca, queimaduras, descoloração ou hiperpigmentação da pele, inflamação ou infeção. Para minimizar os riscos, teste o aparelho numa pequena área não muito sensível e vá aumentando a intensidade do flash enquanto não sentir dor. Espere 24 horas para ver se houve efeitos adversos. Antes da depilação, limpe a pele e não use cremes com AHA (Alfa hidroxy acid) ou BHA (Beta hidroxy acid). No fim, não use cosméticos com perfume ou desodorizante.
Quem não deve fazer depilação a laser?
Os especialistas desaconselham a depilação com laser ou luz pulsada:
- a grávidas e mulheres a amamentar;
- nos casos em que o padrão de crescimento do pelo ainda está por definir, como acontece com os mais jovens;
- sobre tatuagens, sinais escuros, varizes, eczemas, queimaduras, feridas ou hematomas;
- a quem toma medicamentos que podem causar alterações no crescimento do pelo ou reações adversas por exposição à luz (ditos fotossensibilizantes). Este é o caso de alguns anti-inflamatórios, fármacos para a acne, antibióticos e antidepressivos. Consulte o folheto informativo e veja os cuidados a ter com medicamentos fotossensibilizantes;
- a pessoas que sofram de doenças de pele, herpes, diabetes ou epilepsia;
- em caso de febre ou infeção.
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