Queda de cabelo: como tratar

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A queda temporária é normal. Por norma perdemos entre 50 e 100 fios de cabelo por dia sem que reparemos. Marque uma consulta com o médico de família ou com um dermatologista se, regularmente, ultrapassar os cem cabelos por dia (mais ou menos uma madeixa), se sentir dor, comichão e irritação do couro cabeludo ou se surgirem peladas. Há tratamentos com efeitos demonstrados.
Qual a diferença entre queda temporária e calvície?
A queda de cabelo tem diferentes causas, características e durações e, de vez em quando, ocorre uma queda anormal de cabelo (alopecia). Na maior parte das vezes é temporária, e o crescimento do cabelo retoma a normalidade passado algum tempo. Acontece, por exemplo, dois ou três meses após o parto (alopecia pós-parto) ou poucos meses depois de uma doença grave que tenha provocado febres prolongadas. Também pode surgir após algumas perturbações hormonais ou depois de certos tratamentos, como a quimioterapia (alopecia ocasional).
A alopecia seborreica é causada pela produção excessiva de sebo, em consequência de um desregulamento hormonal ou de diversas circunstâncias ligadas ao modo de vida, como o stresse muito intenso, um choque emocional, entre outros. É uma situação reversível; a queda diminui quando as causas desaparecem.
A perda súbita de cabelo só em determinadas zonas (alopecia areata), geralmente em placas redondas ou ovaladas (peladas), pode ocorrer após um evento importante na vida, como uma doença, uma gravidez ou um trauma. Em geral, resolve-se, de forma natural, após alguns meses. Caso contrário, aconselhamos uma consulta no dermatologista. As causas deste tipo de queda de cabelo são desconhecidas, mas o sistema imunitário pode estar na origem do problema.
A calvície propriamente dita (alopecia androgénica) é irreversível. Manifesta-se através de uma queda de cabelo difusa, mais evidente na coroa. Geralmente é acompanhada por uma diminuição progressiva da espessura do cabelo e de um aumento da produção de sebo. Atinge cerca de metade dos homens adultos e é causada sobretudo por fatores hereditários e hormonais. Pode afetar as mulheres após a menopausa, mas em menor proporção.
Suplementos alimentares só com acompanhamento
A carência de vitaminas e minerais pode afetar o cabelo. Por exemplo, o défice severo de zinco causa calvície e problemas no couro cabeludo. E a falta de ferro está relacionada com a queda temporária. Nestes casos, pode haver justificação para tomar suplementos. Contudo, as verdadeiras carências alimentares são raras e devem ser diagnosticadas pelo médico, que indicará a forma correta de as colmatar. O consumo desadequado de suplementos alimentares pode até implicar riscos para a saúde.
Alguns fabricantes alegam que certos aminoácidos (componentes das proteínas) presentes nos seus produtos têm efeitos antiqueda. Porém, praticamente não existe queda de cabelo por falta de aminoácidos na dieta. Em suma, os suplementos alimentares só devem ser usados se houver um diagnóstico médico de carência, e com indicação deste profissional. A toma de tais substâncias como “tratamento” da queda do cabelo é controversa, uma vez que não existem dados científicos robustos a suportá-la.
Por demonstrar está ainda a presumida eficácia de extratos botânicos, como os derivados do chá verde, a levedura de cerveja, as sementes de abóbora e a laranja. A cafeína e a capsaicina parecem ter algum potencial para fazer crescer o cabelo, embora sejam necessários mais e melhores estudos.
Cosméticos: champôs e ampolas antiqueda sem efeito
As vitaminas e os minerais também aparecem frequentemente como argumentos de venda dos produtos cosméticos antiqueda. Há uma grande variedade de produtos que garantem tratar e/ou prevenir a queda de cabelo ou até favorecer o seu crescimento. Mas a eficácia de loções e ampolas e companhia nunca foi demonstrada, e os champôs antiqueda também não têm qualquer efeito.
A publicidade a estes produtos baseia-se em dois argumentos muito discutíveis: estimulam a circulação sanguínea e alimentam a raiz do cabelo. Não está provado que uma boa circulação sanguínea estimule o crescimento do cabelo. A queda não ocorre porque a raiz é fraca ou por o cabelo estar desnutrido. Além disso, a raiz não se "alimenta" do exterior, mas sim dos vasos capilares.
Todos os dias há novas técnicas que prometem combater a calvície, como a ozonoterapia, o laser ou a estimulação mecânica por massagem. Embora inofensivos, só conseguem melhorar a aparência do cabelo.
Criador de Questionário – desenvolvido por Riddle
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