O que é o melanoma e quais os sinais da pele que devem ser vigiados

Rosados, castanhos-claros, escuros ou de cor muito parecida com o tom normal da pele: a maioria das pessoas tem 10 a 40 sinais benignos. Quem tem uma pele escura tende a ter sinais escuros.
Os sinais podem ser achatados ou volumosos. Regra geral, são redondos ou ovais e mais pequenos do que a borracha de um lápis. Acompanham-nos desde o nascimento, mas também podem aparecer mais tarde (geralmente, antes dos 40 anos) e tendem a desaparecer nas pessoas mais velhas. Quando os sinais são removidos cirurgicamente, normalmente não voltam a aparecer.
Uma em cada 10 pessoas tem sinais atípicos, de grandes dimensões ou com cores ou formas irregulares. Estes têm maior probabilidade de se tornarem malignos.
Voltar ao topoO que é o melanoma?
O melanoma, um tipo de cancro de pele agressivo, surge quando os melanócitos (células que produzem melanina, o pigmento que dá à pele a sua cor natural) se tornam malignos. É um dos tipos de cancro mais comum, e a probabilidade de desenvolver melanoma aumenta com a idade, embora a doença afete pessoas de todas as idades.
Pode ocorrer em qualquer superfície da pele. Nos homens, o melanoma encontra-se, muitas vezes, no tronco, na zona entre os ombros e as ancas, ou na cabeça e no pescoço. Nas mulheres, desenvolve-se muitas vezes na zona inferior das pernas.
Os melanomas são, habitualmente, sinais assimétricos, com bordos irregulares, de cor não uniforme e diâmetro superior a 0,6 milímetros. A cor dos melanomas varia entre o castanho ou preto, azul ou mesmo laranja. A pele em redor do sinal pode apresentar feridas, crostas ou vermelhidão. Por vezes, o tumor assemelha-se a uma “bolha de sangue” e pode dar comichão ou dor.
Voltar ao topoExposição solar na origem do cancro de pele
Estima-se que 80% dos cancros da pele sejam originados pela exposição solar intensa. A doença é geralmente desencadeada pela lesão dos constituintes da pele causada pelo sol, principalmente quando ocorrem queimaduras solares (escaldões). Um pequeno número de casos pode estar associado a fatores hereditários. Os solários podem também ser causa de cancro da pele e envelhecimento da pele prematuro.
Mas metade dos melanomas surge numa pele saudável, sem lesões. Convém observar regularmente a pele e ir ao médico, se surgirem sinais suspeitos, uma lesão ou um sinal mudar de aspeto. Detetar cedo um melanoma garante uma taxa de cura superior a 90 por cento.
Voltar ao topo5 alterações que permitem distinguir um sinal da pele de um melanoma
- Assimetria: metade do sinal diferente da outra metade.
- Bordo irregular ou mal definido.
- Cor irregular, sinal que escurece, perde a tonalidade ou fica com várias (azul, vermelho, branco, rosa, púrpura ou cinzento).
- Diâmetro superior a 6 milímetros.
- Evolução no tamanho, volume ou aspeto, adquirindo uma superfície escamosa ou com crosta.
Também deve ir ao médico se um sinal causar dor, comichão, ardor ou sangrar.
Autoexame em 5 passos
Se tiver sinais em grande quantidade ou atípicos, convém fazer um autoexame mensal e controlos anuais num dermatologista. Este pode fazer um mapa dos sinais, onde indica o local e tamanho de cada um. Outra solução é fotografar todo o corpo, para comparar a evolução.
Para o autoexame, instale-se num local bem iluminado e, com a ajuda de espelhos, inspecione todo o corpo. Tome nota dos sinais adicionais e indique a data. Periodicamente, veja se surgem novos sinais ou se algum muda de aspeto.
1. Examine o rosto e couro cabeludo. Use um secador para afastar o cabelo e observar melhor a pele junto à raiz do cabelo.
2. Inspecione as mãos, sem esquecer as palmas, entre os dedos e as unhas, os braços, cotovelos e axilas.
3. Observe o pescoço e o tronco. As mulheres devem prestar atenção também à zona à volta dos seios.
4. Veja as costas, a nuca, as nádegas e as pernas.
5. Sente-se e examine as pernas, os pés – plantas, entre os dedos e as unhas – e os órgãos genitais.
Tirar sinais
Os sinais maiores ou suspeitos podem ser extraídos e analisados em laboratório, para verificar células malignas, e exigem cuidado e vigilância posterior.
Para os superficiais não suspeitos, o laser é atualmente a solução mais utilizada. A criocirurgia, que queima pelo frio, e a eletrocoagulação ou curetagem, que destrói os tecidos com uma corrente elétrica, são outras técnicas para remover sinais. Estas intervenções fazem-se sob anestesia local, por vezes, no consultório do médico, em poucos minutos.
A remoção de sinais cutâneos pode fazer-se por uma questão estética. É aconselhável para sinais que se encontram em zonas de fricção com a roupa, causando irritação ou comichão. Contudo, não há uma associação entre estes sintomas e uma maior incidência de cancro, segundo um estudo publicado no British Journal of Dermatology.
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