Rendimento dos Certificados de Reforma cai 16%

Os Certificados de Reforma, o produto de capitalização do Estado, criado em 2008, com o objetivo de incentivar os portugueses a poupar para a reforma, caiu este ano 16,2%, até final de outubro. Trata-se a maior perda registada nestes 14 anos de existência deste produto de poupança.

Os Certificados de Reforma são um produto que, apesar de não ter garantia de capital, segue uma política de investimentos moderada, pelo que também os rendimentos são relativamente estáveis. No passado, apenas em 2011 e 2018 registou perdas (-2,9% e -1,4%, respetivamente).

Cotação mensal do fundo dos Certificados de Reforma

Trata-se de um plano de adesão individual e voluntária, que permite efetuar contribuições complementares ao longo da vida ativa, capitalizadas numa conta em nome do titular e convertidas em Certificados de Reforma.

As contribuições mensais são convertidas em unidades de participação do Fundo dos Certificados de Reforma. Ou seja, o valor acumulado corresponde ao número de Certificados de Reforma subscritos multiplicado pela sua cotação. Assim, cada aderente escolhe o valor da sua contribuição mensal, a qual é registada numa conta individual, nominativa. Esse valor integra um Fundo comum de investimento – o Fundo dos Certificados de Reforma.

As contribuições mensais são convertidas em unidades de participação naquele Fundo, designadas certificados de reforma. O valor acumulado corresponde ao produto do número de certificados de reforma subscritos pelo valor de referência (ou "cotação") dos mesmos e só pode ser resgatado no momento em que se verifiquem as condições de aquisição do direito à pensão ou aposentação por velhice ou por invalidez absoluta.

Nunca recomendámos a aplicação precisamente devido à rigidez deste produto: tem falta de liquidez e é um fundo único com uma política de investimento igual para qualquer investidor, independentemente da idade. Além disso, não permite nenhuma possibilidade de transferência para outro produto mais rentável.

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