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PPR: não espere pelos 40 para preparar o bolo da reforma
Há 4 meses - 21 de fevereiro de 2022
Deverá escolher o PPR mais indicado para o seu perfil e ir adaptando o investimento ao longo da vida.
Lançada em 2019, a campanha da DECO PROTESTE, Ganhe Mais no PPR já ajudou muitos consumidores a descobrirem qual o PPR mais rentável e onde devem investir as suas poupanças para usufruírem de uma reforma mais tranquila.
No ano passado, em 2021, foram realizadas quase 78 mil simulações no simulador Ganhe Mais no PPR.
O objetivo da campanha Ganhe Mais no PPR é ajudar os consumidores a terem acesso a mais e melhor informação sobre as soluções mais rentáveis de aplicação das suas poupanças para a reforma.
Saiba como pode Ganhar Mais no PPR
Investir num PPR aos 30 anos
É certo que, até há pouco tempo, o limite que estava interiorizado para subscrever um PPR eram os 40 anos. Mas os desafios demográficos do País, cujo decréscimo estimado da população ativa até 2050 está entre os maiores da OCDE, tornaram aquela fasquia num mito.
Nada como fazer contas e comparar os PPR. Considere um cenário de poupança mensal de 100 euros a partir dos 30 anos. Se estiver disposto a aceitar algum risco, escolha um PPR que invista uma parte da carteira em ações, em troca de um rendimento potencial superior (o mais adequado para quem ainda está longe da idade da reforma, aliás).
Se está numa fase da vida mais avançada, por exemplo, na casa dos 40 ou 50 anos, terá de fazer uma poupança bastante mais elevada, para manter na reforma o nível financeiro a que se habituou com o seu salário.
Desmistificar o risco
À primeira vista, pode parecer um contrassenso haver planos de poupança-reforma que impliquem risco. Afinal de contas, pelo fim a que se destina, trata-se de uma poupança que se quer o mais segura possível.
Mas, “risco” não é, necessariamente, sinónimo de “posso perder tudo”. Um PPR com risco funciona como um fundo misto, com muitos títulos em carteira, de acordo com a política de investimento da entidade gestora. Para perder tudo, todos os títulos em carteira teriam de desvalorizar ao mesmo tempo, ao ponto de não valerem nada. Não é um cenário provável.
Ainda assim, é importante ter presente que, havendo investimento em ações, o mercado é quem dita a lei. Há ativos mais voláteis do que outros. Nos momentos de maior instabilidade bolsista, alguns títulos poderão desvalorizar em simultâneo, gerando rentabilidades negativas. Foi o que aconteceu, aliás, aos fundos PPR que acompanhamos, em 2018, ano de má lembrança para as bolsas. Todos registaram perdas. Em média, a queda foi de 5,3 por cento. Mas só se for resgatar o PPR em momentos como este é que a perda se torna verdadeiramente real. Se não o resgatar, o tempo cura. E tempo (para chegar à reforma e compensar os ciclos negativos das bolsas) é o que alguém aos 30 anos mais tem.
PPR não é coisa de ricos?
Não. Ao contrário, precisamente. Os PPR destinam-se a quem tem poucas poupanças e pretende ir amealhando para a reforma, durante décadas, com a certeza de que, no fim da vida ativa, terá um bolo para desfrutar. A maior parte dos PPR, tanto os fundos como os seguros, permitem entregas regulares de pequenos montantes. O mais comum são 20 a 50 euros.
Há custos, claro. E variam de produto para produto. Por exemplo, a média das comissões de subscrição é de 1,2% do montante entregue nesse primeiro momento, mas há vários PPR que cobram 5 por cento. É fundamental escolher um produto com uma estrutura de encargos pouco pesada.
Mas também há benefícios fiscais, como a dedução à coleta de IRS de 20% do valor aplicado, com um limite de 400 euros, para quem tenha até 35 anos. Para beneficiar desta dedução, o subscritor terá interesse em aplicar até 2 mil euros por ano. E usufrui ainda de uma taxa de imposto de 8% sobre o rendimento, no momento do resgate. Muito inferior aos 28% aplicados à maioria dos produtos financeiros.
Casamento para a vida?
Com os PPR não há amor à primeira vista nem casamento para a vida. Há apenas interesse. Deverá escolher o PPR mais indicado para o seu perfil e ir adaptando o investimento ao longo da vida: mais risco ao início, zero risco a 10 anos ou menos da reforma.
Um PPR sob a forma de fundo é o ideal para quem está na faixa dos 30 aos 57 anos (o potencial de ganhos é maior); a partir daqui, deverá transferir esse PPR para um de capital garantido, de modo a resguardar o montante que acumulou.
Não caia na megalomania de subscrever vários PPR ao mesmo tempo, com diferentes níveis de risco. Estará a dispersar as poupanças por produtos que não são os mais adequados ao seu perfil. Mesmo que sejam as nossas Escolhas Acertadas. Cada PPR no seu galho.
Ganhe mais no PPR
Escolhido o PPR, os outros não são para esquecer. São para manter debaixo de olho. Deve acompanhar a evolução do rendimento e comparar o resultado com o dos melhores do mercado. Se o desempenho deixar a desejar pode (e deve) partir para outro, ou seja, mudar para um PPR mais vantajoso.
No longo prazo, pequenas diferenças de rendimento geram perdas de milhares de euros. Veja como: se aplicar 50 euros por mês, entre os 30 e os 67 anos, num PPR que rende 1% ao ano e noutro que rende 2%, o primeiro gera um bolo de 26 849 euros, e o segundo de 32 771 euros. São quase 6 mil euros de diferença. Agora imagine que optava por um PPR que rende 4% ao ano: acumularia mais de 50 mil euros. Convencido?
O simulador de PPR, Ganhe Mais no PPR, pode ajudá-lo a descobrir qual o PPR mais rentável do mercado.
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