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Rui
Ribeiro
Especialista em Corporate Governance pelo ISCTE.
Analista financeiro independente registado na CMVM.
Licenciado em Economia pelo ISEG.
Banco Central Europeu anima bolsas
Há 13 dias - 18 de setembro de 2023
Rui
Ribeiro
Especialista em Corporate Governance pelo ISCTE.
Analista financeiro independente registado na CMVM.
Licenciado em Economia pelo ISEG.
Os mercados acionistas acolheram bem o anúncio do Banco Central Europeu (BCE). Apesar de ter subido as taxas de juro pela décima vez consecutiva, o BCE sinalizou que o movimento de aperto monetário está (finalmente) a chegar ao fim, caso a inflação continue a abrandar. Assim, o Stoxx Europe 600 ganhou 1,6% na semana. Fora da zona euro, a bolsa de Zurique valorizou 2,3% e a de Londres subiu 3,1%.
Nos Estados Unidos, os investidores foram mais conservadores neste período que antecede a reunião da Reserva Federal (Fed), com o S&P 500 a cair 0,2%. A atmosfera mais sombria para as ações tecnológicas (-0,4% para o Nasdaq) foi originada pelas empresas de semicondutores (-0,9%). As ações europeias de tecnologia caíram 2,3%.
O preço do petróleo continua em alta e ultrapassou os 94 dólares por barril. O mercado está focado na procura global, que permanece forte face à oferta limitada. A Agência Internacional de Energia e a OPEP esperam uma escassez de oferta no quarto trimestre deste ano e, segundo a OPEP, o mercado poderá ter um défice de um milhão de barris por dia. O setor energético avançou 0,8%, com a TotalEnergies (+3,3%) e a Eni (+3,6%) a liderarem os ganhos.
O setor automóvel (+1,9% na Europa) reagiu bem ao anúncio da Comissão Europeia de abertura de uma investigação sobre os subsídios da China ao seu segmento de carros elétricos. Em contrapartida, a retaliação do país corre o risco de pesar na atividade dos fabricantes europeus na China. A Stellantis destacou-se com uma subida de 5,3%.
A perspetiva do fim do ciclo de aumento de taxas de juro, por parte do BCE e da Fed, impulsionou o setor das matérias-primas (+3,6%). A Anglo American (+13,8%) liderou as subidas.
Lisboa voltou aos ganhos
A bolsa nacional subiu 1,2% na semana passada, apesar da variação das cotações ter sido pouco significativa. A única exceção foi o BCP, que liderou os ganhos com uma subida de 6,5%, à boleia da subida das taxas de juro por parte do BCE.
Pela positiva, destaque igualmente para a valorização de 2,5% da Galp Energia, estimulada pela subida de 3,7% do preço do barril de petróleo. Ao invés, a Jerónimo Martins (-1,7%) liderou as perdas, já que a queda da inflação deverá abrandar o ritmo de crescimento da empresa.
Nota final para a Cofina, que fechou inalterada, mas esta segunda-feira está a subir mais de 10% após a apresentação das 2 propostas finais (da Media Capital e a do Management Buy Out) para a compra da Cofina Media (dona da CMTV).
Números da semana
+24,7%
Subida do designer de chips eletrónicos ARM no primeiro dia de cotação em Nova Iorque. Foi o maior IPO deste ano, com o preço das ações fixado nos 51 dólares. A ARM continuará a ser detida em mais de 90% pelo grupo japonês Softbank. Ao nível atual (63,6 dólares), a ação está muito valorizada.56,8 milhões de euros
Valor final oferecido pelo Management Buy Out por 100% da Cofina Media. Este montante supera em 800 mil euros o valor máximo da proposta concorrente da Media Capital. As propostas serão analisadas pela administração da Cofina.
Top subidas
Anglo American +13,8%Tesla +10,4%
Teva Pharma +10,1%
Vodafone +9,0%
BCP +6,5%
Top descidas
Applied Materials -6,3%
Agfa-Gevaert -4,9%
GIMV -4,5%
H&M -4,4%
ASML -4,2%
A semana em números
Principais Bolsas | |
Europa Stoxx 600 | +1,6% |
EUA S&P 500 | -0,2% |
EUA Nasdaq | -0,4% |
Lisboa PSI | +1,2% |
Frankfurt DAX | +0,9% |
Londres FTSE 100 | +3,1% |
Tóquio NIKKEI 225 | +2,8% |
Variação das cotações entre 08/09/23 a 15/09/23, em moeda local.
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