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Rui
Ribeiro
Especialista em Corporate Governance pelo ISCTE.
Analista financeiro independente registado na CMVM.
Licenciado em Economia pelo ISEG.
Nvidia evitou quedas superiores nas bolsas
Há 4 meses - 26 de maio de 2023
Rui
Ribeiro
Especialista em Corporate Governance pelo ISCTE.
Analista financeiro independente registado na CMVM.
Licenciado em Economia pelo ISEG.
As negociações entre republicanos e democratas sobre o teto da dívida americana parecem agora estar mais perto de um acordo, mas a incerteza em torno desta questão política pesou na negociação bolsista da última semana. Assim, o S&P 500 perdeu 1,1% e o Stoxx Europe 600 desceu 2,1%.
Na mente dos investidores está também a desaceleração económica global. A Alemanha entrou tecnicamente em recessão no primeiro trimestre, pelo que a bolsa de Frankfurt caiu 2,3%. A praça de Paris (-2,9%) teve uma queda ainda maior, penalizada pelos recuos da LVMH (-5,6%), no setor dos bens de luxo, e do banco BNP Paribas (-5,8%).
Londres recuou 2,2% após a publicação de uma taxa de inflação que deixa antever que serão necessários novos aumentos de taxas de juro para controlar os preços.
Pela positiva, os resultados melhores do que o esperado da Nvidia (+19,9%), que beneficiou da procura de chips relacionados com a Inteligência Artificial, estimularam o setor tecnológico (+1,4%) e de semicondutores (+6,5%). A ASML valorizou 1,9%.
O dólar, considerado um porto seguro, está a beneficiar dos receios de um default dos Estados Unidos e da expectativa de mais um aumento dos juros, atingindo o seu nível mais alto desde meados de março face ao euro.
Os setores mais cíclicos foram penalizados com as perspetivas de deterioração da economia, como foram os casos das empresas de aço e ferro (-3,7%) e de matérias-primas (-4,3%). Por sua vez, o setor energético (-1,1%) resistiu um pouco melhor graças à ligeira recuperação do preço do petróleo, que beneficiou dos comentários do ministro do petróleo saudita sobre o risco de apostar numa nova queda do preço do barril.
Lisboa liderou as perdas
A bolsa de Lisboa manteve a recente trajetória descendente e perdeu mais 2,8% na última semana e já só está a ganhar 2,8% desde o início do ano.
Apenas três dos títulos nacionais seguidos pela PROTESTE INVESTE fecharam em alta: Altri (+5,4%), Navigator (+0,5%) e Corticeira Amorim (+0,2%), sendo que a primeira já esteve a cair mais de 5% esta sexta-feira após divulgar uma queda de 34,3% dos lucros no primeiro trimestre.
De resto fechou tudo no vermelho, com realce para a Mota-Engil (-8,2%) e o BCP (-6,8%), que lideraram as perdas, já que são os títulos com uma maior valorização em 2023.
O setor energético também contribuiu e muito para a queda do índice PSI, com a Galp Energia (-4%), a EDP (-3,6%), a EDP Renováveis (-3%) e a REN (-2,4%) todas a perderem terreno.
Números da semana
1,3%
A economia norte-americana cresceu 1,3% no primeiro trimestre, o que, apesar de ser um claro abrandamento face aos 2,6% registados no quarto trimestre de 2022, é um valor um pouco superior à estimativa inicial de 1,1%.
+24,4%
Subida da cotação da Nvidia no dia seguinte ao anúncio de resultados acima do esperado e sobretudo de previsões para o atual trimestre bem acima das expectativas. O crescimento da procura de chips gráficos nos quais o grupo é líder mundial justifica o bom desempenho.
Top subidas
Altri +5,4%Tesla +4,3%
Société Générale +3,8
Pfizer +3,7%
Check Point +3,3%
Top descidas
VF Corp -16,0%
Teva Pharma -11,3%
Atenor -10,6%
Mota-Engil -8,2%
Zoetis -8,1%
A semana em números
Principais Bolsas | |
Europa Stoxx 600 | -2,1% |
EUA S&P 500 | -1,1% |
EUA Nasdaq | +0,1% |
Lisboa PSI | -2,8% |
Frankfurt DAX | -2,3% |
Londres FTSE 100 | -2,2% |
Tóquio NIKKEI 225 | +0,7% |
Variação das cotações entre 18/05/23 a 25/05/23, em moeda local.
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