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Rui
Ribeiro
Especialista em Corporate Governance pelo ISCTE.
Analista financeiro independente registado na CMVM.
Licenciado em Economia pelo ISEG.
Bolsas fecham em alta com novo impulso do setor tecnológico
Há 4 meses - 22 de maio de 2023
Rui
Ribeiro
Especialista em Corporate Governance pelo ISCTE.
Analista financeiro independente registado na CMVM.
Licenciado em Economia pelo ISEG.
Esta semana, a esperança de uma solução para o “dossier” da dívida americana deu confiança aos investidores. Além disso, as bolsas beneficiaram da expectativa de que os bancos centrais sejam menos restritivos nas suas políticas monetárias futuras, o que estimulou as empresas tecnológicas. O Nasdaq subiu 3% e o setor de tecnologia europeu ganhou 3,6%. Grandes empresas como a Applied Materials (+9,4%), a ASML (+7,8%) ou a Amazon (+5,4%) registaram subidas significativas.
Os restantes índices também encerraram no verde, embora com ganhos mais modestos. O S&P 500 valorizou 1,7% e o Stoxx Europe 600 subiu 0,7%. A bolsa de Frankfurt ganhou 2,3%, impulsionada pela Mercedes (+4,9%) e pela BMW (+4%).
O preço do petróleo recuperou um pouco (+2%) mas não foi suficiente para reanimar o setor energético (-1,3%). Pela positiva, a Repsol valorizou 1,6%.
As empresas de matérias-primas (-0,7%) recuaram ligeiramente após a divulgação de indicadores económicos na China abaixo das expectativas, apesar de mostrarem uma evolução positiva.
Por fim, realce para os setores automóvel e de media, que ganharam 2 e 1,9%, respetivamente. Pelo contrário, as ações mais defensivas perderam terreno, como foram os casos das empresas de serviços públicos (-3,2%) e de alimentação e bebidas (-1,4%).
Lisboa cai em contraciclo
A bolsa de Lisboa fechou em contraciclo como a esmagadora maioria das suas congéneres mundiais, ao perder 0,5% na semana.
A Altri liderou as quedas, com uma descida expressiva de 15%, na sequência do ajuste técnico relativo ao pagamento de dividendos.
Os CTT também caíram, apesar dos resultados anunciados no início de maio terem superado as previsões.
Igualmente em queda esteve o setor de media, com a Cofina e a Impresa a descerem 6,4 e 4,7%, respetivamente.
Ao invés, o BCP (+5%) liderou os ganhos, depois de obter um crescimento de 90% dos lucros, acima do esperado sobretudo devido a ganhos não recorrentes na Polónia.
Ainda a nível de resultados, a Sonae (-2,5%) registou uma queda de 38,3% do lucro no primeiro trimestre, em linha com as nossas previsões, mas abaixo das do mercado. Apesar do crescimento de 12,2% do volume de negócios, o grupo foi afetado pela subida dos custos financeiros, impostos e depreciações.
Números da semana
7%
Após 5 meses de abrandamento, a taxa de inflação voltou a subir na zona euro, em abril, atingindo os 7%, contra 6,9% no mês anterior. Este dado reforça a ideia de que o Banco Central Europeu vai ter de continuar a subir as taxas de juro.
12 689
Valor atingido pelo índice tecnológico americano Nasdaq na semana passada e que representa um novo máximo desde meados de agosto do ano passado. O previsível fim do ciclo de subida das taxas de juro nos Estados Unidos está na base desta recuperação.
Top subidas
Applied Materials +9,4%
ASML +7,8%
Tesla +7,2
Aegon +7,1%
Toromont +6,7%
Top descidas
Atenor -17,0% Altri -15,0%Bpost -11,3%
VF Corp -10,4%
Sonova Holding -8,6%
A semana em números
Principais Bolsas | |
Europa Stoxx 600 | +0,7% |
EUA S&P 500 | +1,7% |
EUA Nasdaq | +3,0% |
Lisboa PSI | -0,5% |
Frankfurt DAX | +2,3% |
Londres FTSE 100 | 0,0% |
Tóquio NIKKEI 225 | +4,8% |
Variação das cotações entre 12/05/23 a 19/05/23, em moeda local.
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