Semana da Páscoa calma nas bolsas mundiais

Esta semana, devido ao período pascal, as bolsas europeias estiveram fechadas na sexta e na segunda-feira (dias 7 e 10 de abril), já as bolsas americanas encerraram só na Sexta-Feira Santa. A verdade é que foi uma semana em que as bolsas mundiais mexeram pouco.

O índice Stoxx Europe ficou quase inalterado e avançou apenas 0,3% com boas prestações da vizinha Espanha (IBEX 35 +1,7%) e da Suíça (SMI +1,2%).

Do outro lado do oceano o cenário foi mais negativo com o S&P 500 a cair 0,4% e o Nasdaq a recuar 0,9%. O principal indicador da semana foi o relatório acerca do emprego nos EUA, apesar de alguns sinais de arrefecimento do mercado laboral, este continua forte. O que não descansou os investidores que agora veem como mais provável uma nova subida das taxas de juro por parte da FED, o que acabou por prejudicar as ações tecnológicas (mais sensíveis às taxas de juro).

Além da exploração norte-americana e mundial de ouro (subidas de +4,3% e +3,9% respetivamente), os setores com mais crescimento foram os da biotecnologia (+3,0%) e farmacêutico (+2,8% na Europa e +2,6% nos EUA). Empresas como a GSK (+5,8%), Roche (+5,5%) e Eli Lilly (+4,6%) estiveram entre os principais vencedores da semana.

Espera-se mais movimento nos próximos dias. Esta semana estão agendadas as divulgações dos resultados de algumas das maiores instituições financeiras do mundo (JPMorgan Chase, Wells Fargo, Citigroup, BlackRock). Assim como os números da inflação americana (CPI) que tem sido o principal guia dos investidores no que toca a antecipar o comportamento da FED.

Lisboa no verde

Esta semana a bolsa nacional superou a performance do índice europeu e subiu +0,7%. As principais vencedoras foram a Mota-Engil (+5,3%), a NOS (+4,8%) e o BCP (+3,0%) que continua a beneficiar da dissipação das dúvidas em relação à banca.

O setor da energia também negociou no verde com a EDP a subir +1,9%, a EDP Renováveis +1,1% e a REN +0,7%. Já a GreenVolt, e contrariando a tendência de grande volatilidade dos últimos meses viu a sua cotação manter-se nos 6,58 euros.

A empresa nacional que mais mergulhou em terreno negativo na semana passada foi a Galp (-3,2%). A cotação da petrolífera está naturalmente ligada ao preço do petróleo nos mercados internacionais e corrigiu durante grande parte da semana depois de ter valorizado 7,65% na segunda-feira. Nas descidas, seguiu-se o setor de media: a Impresa caiu 2,9% e a Cofina perdeu 2,8%. 

Números da semana

3,5% 

Nos Estados Unidos, a taxa de desemprego no final de março surpreendeu, ao cair para 3,5%, voltando a mínimos históricos. A subida anual dos salários abrandou ao recuar de 4,6% em fevereiro para 4,2% em março. 

422 875

Depois de baixar novamente os preços, a Tesla entregou um número recorde de carros no primeiro trimestre deste ano: 422 875 unidades (+36% num ano). Ainda assim fica abaixo do objetivo de +50% da gigante americana.

Top subidas

GSK        +5,8%
Roche Holding +5,5%
Agfa-Gevaert +5,5%
Mota-Engil +5,3%
BBVA        +4,8% 

 

Top descidas

Kion        -6,6%
Assa Abloy -5,9%
Schneider -5,6%
Tesla        -5,3%
Applied Materials -4,8%

A semana em números

Principais Bolsas
Europa Stoxx 600	+0,3%
EUA S&P 500	-0,4%
EUA Nasdaq	-0,9%
Lisboa PSI	+0,7%
Frankfurt DAX	+0,1%
Londres FTSE 100	+0,9%
Tóquio NIKKEI 225	-2,0%

 

Variação das cotações entre 03/04/23 a 10/04/23, em moeda local.