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Rui
Ribeiro
Especialista em Corporate Governance pelo ISCTE.
Analista financeiro independente registado na CMVM.
Licenciado em Economia pelo ISEG.
Otimismo impera nas bolsas
Há 5 meses - 17 de abril de 2023
Rui
Ribeiro
Especialista em Corporate Governance pelo ISCTE.
Analista financeiro independente registado na CMVM.
Licenciado em Economia pelo ISEG.
O S&P 500 e o Nasdaq ganharam 0,8% e 0,3%, respetivamente, enquanto na Europa, o Stoxx Europe 600 subiu 1,7%. O mercado francês (+2,7%) beneficiou do bom nível de vendas da LVMH (+7,7%) e da Hermes (+5,5%) e fixou um novo máximo histórico.
A desaceleração do índice de preços no consumidor e no produtor, nos Estados Unidos, renovou a esperança de que a Reserva Federal norte-americana concluirá em breve o ciclo de subida das taxas. Ainda assim, a inflação está longe de voltar aos níveis ideais, pelo que os juros deverão permanecer elevados em 2023.
O setor de bens de luxo ganhou 4,8%, impulsionado pelo anúncio da LVMH. Por sua vez, os setores mais defensivos, como a distribuição (+0,3%), a alimentação e bebidas (+0,2%) e as telecomunicações (+0,5%) registaram ganhos muito ligeiros, ao contrário dos ganhos mais robustos obtidos pelas empresas mais sensíveis aos ciclos económicos.
Os construtores automóveis valorizaram 4,3% na Europa. A BMW ganhou 5,1%, depois da administração confirmar o objetivo de um ligeiro aumento das vendas em 2023.
O setor das matérias-primas (+4%) beneficiou das operações de consolidação. A saber, a Glencore (+7,5%) aumentou a oferta pela mineira Teck Resources (+6%) e a Newmont (-4,9%) subiu a sua proposta de compra pela Newcrest (+5,9%). Também presentes na mineração, ArcelorMittal e Anglo American subiram 4,8% e 2,9%, respetivamente.
Ao invés, a AB Inbev perdeu 3,8% depois do Credit Suisse dizer que espera resultados trimestrais dececionantes por parte da cervejeira, devido ao impacto das taxas de câmbio e encargos financeiros.
BCP lidera em Lisboa
A bolsa de Lisboa seguiu a tendência positiva das suas congéneres mundiais e ganhou 0,6% na semana. O BCP (+8,7%) liderou os ganhos e já recuperou da correção sofrida aquando da recente crise bancária. Seguiu-se a Mota-Engil (+5,5%), que continua a beneficiar do bom nível de encomendas registado pelo grupo.
Pelo contrário, o setor energético contrariou a tendência de alta do índice PSI. A EDP (-2,3%) liderou as perdas. Já esta segunda-feira, a elétrica nacional anunciou um financiamento verde em Singapura (cerca de 680 ME) que reforça o seu compromisso com o crescimento na região Ásia-Pacífico. Nas energias renováveis, a EDP Renováveis perdeu 1,1% e a GreenVolt recuou 1,7%. Por fim, a REN desceu 2,2%.
Nota final para a Galp Energia (+0,6%) que, já esta segunda-feira, anunciou uma queda de 8% da produção de petróleo no primeiro trimestre. Em contrapartida, a margem de refinação subiu mais do que o esperado.
Números da semana
5%
A taxa de inflação nos Estados Unidos desceu de 6% em fevereiro para 5% em março. O valor é o mais baixo em quase dois anos e reforçou a esperança de que o ciclo de subida das taxas de juro da Reserva Federal esteja perto do fim.
7,4%
Numa semana dominada pelos números da inflação um pouco por todo o lado, na Alemanha a taxa de inflação também registou uma descida de 8,7% em fevereiro para 7,4% em março. Porém, este valor ainda é muito alto e, na Europa, as taxas de juro deverão continuar a subir.
Top subidas
BCP +8,7%
LVMH +7,7%
Schnitzer Steel +7,5%
Ralph Lauren +7,1%
Kion Group +6,4%
Top descidas
Teva Pharma -10,6%Zurich Insur. -6,7%
Ahold Delhaize -4,5%
Philips -4,3%
AB InBev -3,8%
A semana em números
Principais Bolsas | |
Europa Stoxx 600 | +1,7% |
EUA S&P 500 | +0,8% |
EUA Nasdaq | +0,3% |
Lisboa PSI | +0,6% |
Frankfurt DAX | +1,3% |
Londres FTSE 100 | +1,7% |
Tóquio NIKKEI 225 | +3,5% |
Variação das cotações entre 07/04/23 a 14/04/23, em moeda local.
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