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Rui
Ribeiro
Especialista em Corporate Governance pelo ISCTE.
Analista financeiro independente registado na CMVM.
Licenciado em Economia pelo ISEG.
Bolsas perto da linha de água
Há 5 meses - 28 de abril de 2023
Rui
Ribeiro
Especialista em Corporate Governance pelo ISCTE.
Analista financeiro independente registado na CMVM.
Licenciado em Economia pelo ISEG.
Os índices fecharam quase todos perto da linha de água, com os investidores a aguardar a publicação dos números da inflação na Europa e nos Estados Unidos e as decisões de política monetária do BCE e da Reserva Federal (Fed) na primeira semana de maio.
Ainda assim, os bons resultados de muitas empresas suportaram os índices. Foram os casos da Meta Platforms (+12%; ver pág. 8), Microsoft (+6,5%; texto na pág. 8), Verizon (+4,3%), Atlas Copco (+13,2%), que liderou os ganhos da semana e Schneider (+3,4%).
As preocupações em torno da evolução do crescimento económico continuam a condicionar os setores mais cíclicos, como as matérias-primas (-3,8%), empresas industriais (-0,9%) ou setor financeiro (-1,1%). O preço do petróleo, novamente abaixo dos 79 dólares por barril, cristalizou os receios dos investidores, até porque não foi suficiente para suportar os lucros das petrolíferas, como mostram as descidas dos resultados da TotalEnergies (-1,2%) e da Repsol (-1%).
Como sempre, nestas circunstâncias, os setores mais defensivos tiveram melhor desempenho: telecomunicações (+1,1%) e serviços públicos (+1,3% na Europa).
O setor da alimentação e bebidas ganhou apenas 0,6%, já que as cotações reagiram pouco aos resultados bastante positivos dos gigantes do setor. Por um lado, aos níveis atuais, as cotações não estão baratas e, por outro, a incerteza quanto à duração da alta inflação e à aceitação dos consumidores em suportá-la permanece uma incógnita.
Lisboa continua em alta
A bolsa de Lisboa (+1,4%) voltou a subir na última semana, que foi marcada pelo início da época de apresentação dos resultados do primeiro trimestre. E, por agora, os números foram bastante positivos.
A Jerónimo Martins (+3,1%) anunciou uma forte subida de 59,1% do lucro no primeiro trimestre, a beneficiar do crescimento de 23,4% do volume de negócios. Os resultados superaram ligeiramente as nossas previsões.
Os lucros da REN (+1,9%) mais do que duplicaram e também vieram acima do esperado, graças à melhoria do desempenho operacional. Em causa está, sobretudo, a subida das taxas de remuneração dos ativos.
No caso da NOS (+1,7%), os lucros caíram 15,1%, em linha com o esperado, penalizados pelo aumento das amortizações e dos custos financeiros (subida das taxas de juro).
Números da semana
+9,1%
Subida acumulada pelo índice PSI desde o início do ano. A contribuir para este bom desempenho está sobretudo a forte subida de 63,2% do BCP. Ao invés, devido ao seu elevado peso no índice, Galp (-14,8%) e EDP Renováveis (-1,7%) impedem uma maior valorização.
+65,6%
Apesar da elevada volatilidade que tem registado este ano, a Mota-Engil voltou a liderar as subidas da bolsa nacional na última semana (+10,1%) e acumula um ganho de 65,6% em 2023, a beneficiar do bom nível de encomendas do grupo.
Top subidas
Atlas Copco A +13,2%
Philips +12,7%
Meta Platforms +12,0%
Mota-Engil +10,1%
Medtronic +9,5%
Top descidas
bpost -23,1%
Melexis -12,6%
Agfa-Gevaert -11,3%
Anglo American -10,6%
Activision Blizzard -9,3%
A semana em números
Principais Bolsas | |
Europa Stoxx 600 | -0,7% |
EUA S&P 500 | +0,1% |
EUA Nasdaq | +0,7% |
Lisboa PSI | +1,4% |
Frankfurt DAX | +0,0% |
Londres FTSE 100 | -0,9% |
Tóquio NIKKEI 225 | -0,7% |
Variação das cotações entre 20/04/23 a 27/04/23, em moeda local.
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