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Rui
Ribeiro
Especialista em Corporate Governance pelo ISCTE.
Analista financeiro independente registado na CMVM.
Licenciado em Economia pelo ISEG.
Bolsas consolidam ganhos
Há 5 meses - 24 de abril de 2023
Rui
Ribeiro
Especialista em Corporate Governance pelo ISCTE.
Analista financeiro independente registado na CMVM.
Licenciado em Economia pelo ISEG.
O S&P 500 perdeu 0,1% e o Nasdaq caiu 0,4%, afetado pelos receios sobre a evolução das taxas de juro. Na Europa, as bolsas subiram um pouco, com o Stoxx Europe 600 a ganhar 0,4%, graças aos setores mais defensivos como a alimentação e bebidas (+1,5%), bens de consumo (+1,6%) e utilities (+0,5%). A bolsa de Zurique subiu 1%.
Os últimos dados confirmam a desaceleração da economia norte-americana, o que a juntar a uma inflação que ainda é elevada (embora esteja em declínio), está a gerar receios de uma recessão até o final do ano, sobretudo se a Reserva Federal (Fed) continuar a aumentar as taxas de juro. Fazendo eco deste receio, o preço do petróleo (-5,4% na semana) voltou a recuar para perto dos 80 dólares por barril.
Por outro lado, também há preocupações quanto aos resultados empresariais, com algumas publicações do primeiro trimestre a desiludirem. Foram os casos da ASML (-4,3%), da Ericsson (-11,1%) ou da AT&T (-8,6%).
O setor tecnológico (-1,2%) foi penalizado após o anúncio da ASML e pela subida das taxas de juro de mercado.
Por fim, o setor automóvel desceu 4,7%, já que a guerra de preços nos carros elétricos levanta dúvidas sobre a rentabilidade deste negócio. A Renault perdeu 12,4%, a Stellantis recuou 7,1% e a Tesla caiu 10,8%.
Lisboa liderou valorizações
A bolsa de Lisboa ganhou 0,8% na semana passada. Apesar da época de resultados do trimestre ainda não ter começado em Portugal, o grupo EDP revelou alguns dados sobre a sua atividade, sem grandes surpresas. A casa mãe EDP (+4,2%) teve um aumento de 4% da produção de eletricidade, com as energias renováveis a representarem 88% do total, tendo a sua capacidade instalada crescido 2%. Já a EDP Renováveis (-1,9%) viu a sua produção crescer 11%, graças às fortes progressões no Brasil e na Ásia Pacifico. A capacidade instalada aumentou 5,3% face há um ano para 14,8 GW, apesar de algumas vendas de ativos e deverá acelerar o seu crescimento nos próximos trimestres.
Na OPA que lançou sobre as suas ações, a Novabase (-3,6%) adquiriu 11,33% do capital, um valor abaixo do objetivo de 20%. Como já tinha 6,58%, a empresa ficou com 17,91% de ações próprias, que serão agora extintas através da redução do capital.
Nota final para a Sonae (+3,1%) que falhou o objetivo de retirar a Sonaecom de bolsa, já que apenas adquiriu 0,155% do capital na OPA sobre a sua subsidiária, ficando com 88,84%, abaixo do limiar de 90%, que lhe permitiria lançar a OPA potestativa.
Números da semana
+10,4%
Subida acumulada do índice de ações Stoxx Europe 600 em 2023. A descida da inflação, apesar de continuar alta e de estarem previstas mais subidas de taxas de juro, e o dissipar dos receios de recessão na Europa ajudam a explicar esta recuperação.
1%
Subida do setor bancário americano na semana passada. Os resultados publicados pelos grandes bancos americanos confirmaram a solidez dos balanços, apesar da queda dos depósitos. A maioria dos bancos aumentou as provisões para eventuais incumprimentos de crédito.
Top subidas
Cofina +8,4%
Abbott +7,4%
Bpost +7,2%
Philips +6,9%
Medtronic +6,2%
Top descidas
Renault -12,4%
Telecom Italia -12,0%
Ericsson B -11,1%
Tesla -10,8%
NOS -8,6%
A semana em números
Principais Bolsas | |
Europa Stoxx 600 | +0,4% |
EUA S&P 500 | -0,1% |
EUA Nasdaq | -0,4% |
Lisboa PSI | +0,8% |
Frankfurt DAX | +0,5% |
Londres FTSE 100 | +0,5% |
Tóquio NIKKEI 225 | +0,3% |
Variação das cotações entre 14/04/23 a 21/04/23, em moeda local.
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