Carga fiscal dos portugueses aumenta

A carga fiscal que incide sobre um trabalhador português, solteiro, sem filhos, com salário médio, tem aumentado nos últimos anos, revela o mais recente relatório da OCDE. Em 2021, correspondia a 41,8% do salário, acima da média da OCDE (34,6%) e muito próxima do nível de impostos cobrados na Suécia (42,6%). 

Os cidadãos nacionais não são os únicos a sentir o peso crescente dos impostos. Entre 2020 e 2021, esta carga fiscal, que inclui os encargos para a Segurança Social, aumentou em 24 dos 38 países da OCDE, caiu em 12 e permaneceu a mesma em dois. 

Os aumentos ultrapassaram um ponto percentual em Israel, Estados Unidos e Finlândia, enquanto os declínios ultrapassaram um ponto percentual na Austrália, Letónia, Grécia e República Checa. Ou seja, no ano passado, a carga tributária aumentou em dois terços dos países da OCDE, compensando as quedas em 2020. 

À medida que a economia global recuperava, muitos começaram a retirar ou a reduzir as medidas implementadas em resposta à pandemia do covid-19. De facto, a tributação dos salários mostra que o aumento do rendimento das famílias, verificado em 2021, juntamente com a reversão de muitas políticas fiscais e de medidas introduzidas para apoiar as famílias durante a pandemia, levou a aumentos nos impostos efetivos sobre os salários em alguns países da OCDE.

Carga tributária: Portugal acima da média da OCDE