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João
Sousa
Analista financeiro independente registado na CMVM.
Licenciado em Economia pela Universidade Nova de Lisboa.
Coordenador da Proteste Investe.
Pandemia de Covid-19 gera pânico nos mercados
Há 3 anos - 16 de março de 2020
João
Sousa
Analista financeiro independente registado na CMVM.
Licenciado em Economia pela Universidade Nova de Lisboa.
Coordenador da Proteste Investe.
Num movimento de pânico, os investidores desfazem-se dos ativos de risco para obterem o máximo de liquidez possível. A epidemia derrubou os mercados nas últimas três semanas, com uma maior penalização no velho continente.
Milão perdeu mais de um terço do seu valor (-36%), enquanto Madrid caiu 33% e Frankfurt e Paris desceram ambas 32%. Por cá, o PSI-20, índice de referência da bolsa nacional perdeu quase 30% nas últimas três semanas e está agora abaixo dos 3600 pontos, não muito distante do seu ponto de origem de 3000 pontos quando nasceu há 27 anos, em janeiro de 1993.
A profunda crise económica mundial que se perfila e a violência da queda das bolsas exigem uma resposta rápida, forte e coordenada do conjunto das autoridades. Por isso, muitos esperavam mais da intervenção do Banco Central Europeu na semana passada. Com poucas armas para baixar mais as taxas, a sua mensagem principal foi dirigida aos governos: a resposta à crise passa por decisões de política orçamental e não tanto da política monetária. E aí surgem mais dificuldades.
Crise da Covid-19 ainda sem fim à vista
Neste momento, podemos estar longe de ver a crise terminar tanto no domínio de saúde como a nível económico e financeiro. O impacto do coronavírus é imprevisível, o que alimenta uma grande dose de incerteza.
Essa incerteza é difícil de digerir pelo investidor, dado o fluxo de más notícias. Quando é que o mercado irá inverter? Sejamos humildes, não sabemos. Devemos esperar que os primeiros sinais económicos e de saúde estabilizem e depois melhorem.
No curto prazo, a economia e a situação de saúde irão deteriorar-se ainda mais, sobretudo se, como pensamos, os Estados Unidos também forem duramente afetados.
Mas é difícil estimar em que medida as bolsas já integram esse cenário. Os mercados irão ainda sofrer oscilações violentas. Para cima e para baixo. O investidor deverá manter a calma e a ótica de longo prazo.
Tenha disponível alguma liquidez para reforçar gradualmente quando chegar o momento. Siga as nossas recomendações. Consulte o nosso guia de sobrevivência à Covid-19 para os seus investimentos.
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