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Reino Unido: vitória clara de Boris e do Brexit
Há 3 anos - 13 de dezembro de 2019Nas eleições de ontem, os conservadores de Boris Johnson, para quem o Brexit era a grande prioridade, obtiveram uma grande maioria no Parlamento. O Reino Unido deixará assim a União Europeia a 31 de janeiro de 2020.
O primeiro-ministro Boris Johnson tinha uma maioria relativa e, portanto, permanecia dependente do apoio dos membros mais radicais do Parlamento do seu partido e dos unionistas da Irlanda do Norte para que a legislação fosse aprovada, incluindo o dossiê do Brexit. Agora, contará com uma vasta maioria absoluta pois obteve o melhor resultado desde Thatcher em 1983, enquanto os Trabalhistas registaram o pior resultado desde a década de 1930.
Portanto, o acordo do Brexit deverá ser rapidamente aprovado e as hipóteses de um novo adiamento de um segundo referendo terão sido descartadas. As negociações para um novo acordo de comércio e o período de transição devem durar anos.
Impacto do Brexit adiado
De facto, o impacto do Brexit não deverá ser totalmente sentido tão cedo. Os últimos números divulgados mostram que a economia britânica registou poucos progressos nos três meses findos em 31 de outubro, apresentando um crescimento nulo em comparação com os três meses anteriores e apenas 0,7% ano a ano.
O país deveria ter deixado a União Europeia em 31 de outubro e, perante a incerteza sobre os termos e a data de partida, as empresas estiveram relutantes em investir.
No entanto, as eleições levantam duas questões importantes. Primeiro, resta saber se Boris Johnson escolherá manter uma estreita relação com a UE ou se irá preferir distanciar-se, favorecendo o comércio com os Estados Unidos.
Segundo, até que ponto o Reino Unido persistirá. Os nacionalistas escoceses ganharam muitos votos, dominam amplamente o Parlamento em Edimburgo e querem um novo referendo sobre a independência da Escócia, que permanece pró-europeia.
Pela primeira vez desde junho de 2016 e do referendo do Brexit, a libra esterlina atingiu 1,20 euros. Continuamos a investir em ações do Reino Unido como parte das nossas carteiras.
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