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Telexfree: anúncios na Internet com rendimento suspeito
Há 7 anos - 15 de janeiro de 2015A empresa alegava vender pacotes de comunicações eletrónicas, que funcionavam através do protocolo VOIP, um serviço semelhante ao Skype da Microsoft (gratuito). Prometia rendimentos elevados, sem risco e regulares, e as tarefas que eram pedidas para obter esses rendimentos (que não incluíam vender pacotes VOIP, em teoria o negócio da empresa) não tinham qualquer relevância prática. Os divulgadores tinham apenas que colocar anúncios da Telexfree na Internet para receber o seu pagamento. As investigações do Departamento da Justiça dos Estados Unidos revelam também que as receitas que se sabe serem atribuídas à venda de produtos VOIP representavam menos de 1% das receitas da Telexfree em 2013.
O recrutamento de membros estava também presente. Apesar de alegar que não era necessário recrutar ninguém para participar no plano de marketing da Telexfree, a empresa tinha muitos milhares de divulgadores ativos. E a incongruência da informação prestada era por si só um sinal de alerta. A empresa e os seus divulgadores recorriam a uma linguagem extremamente manipuladora para atrair participantes e procurava ganhar credibilidade aos olhos do público através da organização de eventos e patrocínios.
A Telexfree, Inc. foi fundada nos Estados Unidos, mas desenvolvia a sua atividade principalmente no Brasil e junto das comunidades brasileiras em todo o mundo. A justiça brasileira foi a primeira a atuar contra a Telexfree, bloqueando alguns ativos da empresa no país. Mas o golpe final veio dos Estados Unidos, onde o fundador James Merril foi preso e Carlos Wanzeler, o outro pai do esquema, fugiu à justiça.
Este golpe lesou milhões de investidores em todo o mundo, tendo movimentado mais de mil milhões de euros em 2013. Em Portugal, onde as perdas foram estimadas em 50 milhões de euros, esteve particularmente ativa na ilha da Madeira.
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