Comunicado falsificado no Peru
A SBS, a autoridade reguladora da banca e seguros no Peru, emitiu um comunicado alertando que, em sites e redes sociais, circulava um suposto comunicado desta autoridade a referir que a Paydiamond estava autorizada a operar no país. Essa informação é falsa: ao invés, a SBS tinha efetuado um comunicado mas a alertar a população que a Paydiamond não estava autorizar a operar no país!
Não é claro se aquela informação enganosa foi difundida por pessoas formalmente ligadas à Paydiamond, ou por membros da sua rede que se dedicam ao recrutamento. Em todo o caso, é uma prática desonesta que reforça a desconfiança que já tínhamos face a esta alegada proposta de investimento em diamantes.
Alertas na Bolívia e Argentina
A autoridade supervisora do sistema financeiro da Bolívia (ASFI) já tinha lançado avisos aos cidadãos em 2016 relativamente à atividade não–autorizada da Paydiamond no país. No final de 2016 e início deste ano, ocorreram mesmo detenções de indivíduos que recrutavam membros para a rede Paydiamond.
Tudo indica que a Bolívia seja o país que origina a maior parte do tráfico para o site da Paydiamond, seguida pela Argentina (onde as autoridades também lançaram alertas), com o Peru a surgir em terceiro lugar. Estes dados sugerem que a Paydiamond parece estar a orientar a sua atividade de recrutamento para os países sul-americanos de língua espanhola.
Cuidados a ter
A PROTESTE INVESTE denunciou, em fevereiro de 2016, o esquema Paydiamond. Detetámos então vários sinais de alerta, desde garantir retornos inverosímeis à ausência de dados concretos sobre a sua atividade. De realçar o envolvimento com a Paydiamond de pessoas que estiveram envolvidas no recrutamento de membros para outras fraudes comprovadas, como a Telexfree.
Recomendamos aos consumidores que evitem colocar dinheiro em propostas duvidosas, levados pelo lucro (aparentemente) fácil.
Se entregou dinheiro à Paydiamond, o mais prudente será tentar recuperá-lo, se ainda for possível. Desconfie de desculpas relacionadas com dificuldades técnicas, trocas de bancos ou de plataformas de pagamento. E sobretudo não entregue mais dinheiro mediante a promessa que só assim conseguirá recuperar o que já investiu.