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Caso Madoff: rendimentos elevados e demasiado regulares
Há 7 anos - 15 de janeiro de 2015Considerado um dos maiores burlões de sempre, Madoff, ganhara a aura do self-made man, tão apreciada nos Estados Unidos: tinha começado a trabalhar como nadador-salvador para ganhar dinheiro e conseguiu abrir a sua própria firma de investimento. Durante décadas, quem investia a suas poupanças junto deste veterano de Wall Street beneficiava aparentemente de uma rentabilidade em torno de 10%. Isto ano após ano e independente das condições de mercado.
No final de 2008, incapaz de fazer face aos pedidos de resgate, admitiu aos seus filhos que era tudo “uma grande mentira”. Os 65 mil milhões de euros que os seus clientes pensavam ter, existiam apenas no papel. Na verdade, Madoff perdeu 20 mil milhões de euros, o capital que lhe foi entregue.
Não foi por acaso que esta fraude perdurou tanto tempo. Madoff tinha a reputação de um grande financeiro; tinha participado no lançamento do mercado de títulos NASDAQ e chegara a aconselhar a Securities and Exchange Commission (SEC), o regulador de mercado de capitais dos Estados Unidos.
O retorno que oferecia aos seus clientes, apesar de elevado o suficiente para convencer os clientes a manter o capital aplicado, não era exagerado ao ponto de levantar muitas suspeitas, nem ao ponto de rapidamente se tornar insustentável. Contudo, os alertas estavam lá: os rendimentos eram elevados e demasiado regulares. Além disso mantinha um total secretismo sobre a sua estratégia de investimento.
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