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Jorge
Duarte
Economista
Jorge
Duarte
Economista
As mais recentes previsões da OCDE (dezembro de 2020) apontam para que a economia portuguesa tenha contraído 8,4%, no ano passado. Este valor não é, contudo, tão sombrio como se esperava, mercê dos apoios dos Estados e dos bancos centrais.
Como noutros países, a economia portuguesa recuperou no terceiro trimestre de 2020. Contudo, como referimos na altura, era prematuro avaliar o alcance da retoma. Com efeito, confirmou-se a chegada de uma segunda vaga de infeções em Portugal e na Europa na reta final do ano.
Os confinamentos regressaram um pouco por todo o lado (também em Portugal) e advinham-se fortes perturbações da atividade económica que não podem ser ignoradas. Se o pior cenário não se concretizou, agora também se prevê uma recuperação bem mais lenta em 2021 e 2022.
A OCDE avança com um crescimento do PIB português de apenas 1,7% e 1,9%, respetivamente. O fraco aumento do consumo privado e o crescimento mais rápido das importações do que das exportações são as justificações.
Como os parceiros europeus enfrentam problemas semelhantes, o nosso País não pode contar com as exportações de bens e o turismo para crescer. O PIB da zona euro contraiu, no ano passado, 7,5%, o que significa que Portugal teve pior desempenho do que a média do bloco.
Mais preocupante são as previsões para 2021-22. Enquanto a Europa deverá crescer 3,6% e 3,3%, respetivamente, recuperando praticamente dos efeitos da pandemia no próximo ano, o nosso país ficará, em 2022, cerca de 5% abaixo do nível de atividade registado em 2019. Serão, pelo menos, quatro anos de tempo perdido.
No que concerne ao emprego, a OCDE prevê que o número de desempregados continue a aumentar em 2021. A taxa de desemprego deverá subir para 9,5% em Portugal, em linha com a média da zona euro. Com alguns efeitos negativos do confinamento apenas suavizados e adiados pelas medidas de apoio, será este ano que o mercado de trabalho começará a refletir mais os danos causados em vários setores de atividade. Para 2022, já se antevê uma melhoria do mercado de trabalho à medida que o crescimento económico permitir gerar mais empregos.
Em suma, mesmo com o início da vacinação, o regresso à normalidade está ainda distante. Dado o nível de incerteza elevado, estas estimativas deverão ser revistas.
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