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Brasil: taxas de juro continuam a subir
Há 4 dias - 5 de agosto de 2022O banco central brasileiro aumentou a taxa diretora, a Selic, em 0,5% para 13,75%. Esta decisão reflete a incerteza sobre as perspetivas de inflação e é coerente com o seu mandato de controlar a inflação. A meta de inflação está fixada no intervalo de 2% a 5% este ano.
E de facto, as suas estimativas de inflação de 6,8% superam o objetivo em 2022. A previsão de 4,6% para 2023 e de 2,7% para 2024 são mais compatíveis com as metas, mas as expectativas dos agentes económicos estão acima desses valores pelo que há o risco de se perder o controlo.
Por isso, o banco central considerou adequado continuar a aumentar a taxa Selic em 0,5% e anunciou que vai subir novamente os custos de financiamento na próxima reunião, embora anteveja fazê-lo a um menor ritmo.
A inflação continua elevada nos componentes voláteis, como a energia e alimentação, mas também excluindo esses itens. Além disso, há risco de maiores subidas devido à persistência das pressões inflacionistas globais e a um possível aumento do prémio de risco devido à incerteza sobre o futuro das finanças públicas do Brasil e a novos estímulos orçamentais para apoiar a procura interna (pré-eleições).
Em sentido contrário, pode haver uma inversão da inflação, ainda que parcial, com o abrandamento económico global e com o recuo do preço das commodities em moeda local (real).
Quanto à economia do Brasil, o banco central realçou que os diferentes indicadores macroeconómicos mostram um crescimento ao longo do segundo trimestre, com uma recuperação mais forte do que o esperado no mercado de trabalho.
As obrigações em reais, tendo em conta as taxas de juro oferecidas, são uma aposta interessante a longo prazo. Veja os nossos conselhos para esta categoria de fundos. Pelo contrário, os fundos de ações brasileiras permanecem pouco atrativos.
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