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Jorge
Duarte
Analista financeiro independente registado na CMVM.
Licenciado em Economia pelo ISEG.
Membro da Ordem dos Economistas.
Fundos da semana: Estados Unidos, Canadá e Coreia do Sul
Há 5 horas - 30 de janeiro de 2023
Jorge
Duarte
Analista financeiro independente registado na CMVM.
Licenciado em Economia pelo ISEG.
Membro da Ordem dos Economistas.
Estados Unidos: PIB cresce 2,1% em 2022
A atividade económica surpreendeu agradavelmente no quarto trimestre: +2,9% numa base trimestral anualizada. Apesar da inflação, o aumento do rendimento disponível tem suportado o consumo, o motor da economia dos EUA.
A despesa pública também subiu e, graças ao recuo acentuado das importações, o saldo do comércio externo contribuiu positivamente para o crescimento.
Por fim, o aumento dos inventários, muito voláteis em termos trimestrais, favoreceu igualmente os números da atividade económica nos últimos meses do ano passado.
Em sentido negativo, é necessário destacar a forte queda do investimento pelo terceiro trimestre consecutivo, resultante da subida das taxas de juro. Este é particularmente o caso da construção residencial, que está em queda livre.
No conjunto do ano 2022, o PIB norte-americano cresceu 2,1%. Trata-se de um valor de crescimento significativamente inferior a 2021 (+5,9%), mas inesperado após o fraco início do ano, a elevada inflação e a subida dos juros.
O PIB dos EUA supera agora os 25 biliões de dólares.
Ver fundos de ações dos Estados Unidos.
Canadá: última subida das taxas?
O banco central canadiano aumentou a taxa diretora em 0,25% para 4,5% (contra apenas 0,25% há um ano). Este oitavo “aperto” monetário consecutivo é justificado pela elevada inflação e a resiliência da atividade económica, que mantém as pressões inflacionistas.
No entanto, o banco central acredita que os preços estão agora sob controlo e prevê um abrandamento da inflação para 3% este ano e um regresso à meta oficial de 2% em 2024.
Como resultado, "se a evolução económica for consistente com estas previsões, o banco central espera manter a taxa atual enquanto avalia os impactos dos aumentos acumulados".
Isto é, com a inflação a diminuir, não quer correr o risco de restringir demasiado a política monetária quando a subida das taxas de juro dos últimos meses já está a atingir as famílias canadianas que, em média, estão bastante endividadas.
Ver fundos de ações do Canadá.
Coreia do Sul: queda do PIB
A atividade económica caiu 0,4% no quarto trimestre com os dois pilares da economia sul-coreana a vacilarem. O consumo das famílias diminuiu 0,4% e as exportações caíram 5,8%. A economia sul-coreana foi prejudicada pelo fim do boom da procura chips e a menor procura de navios e produtos químicos.
Os confinamentos na China, em 2022, também não ajudaram. As perspetivas económicas para os próximos meses são incertas. Elevada inflação, subida das taxas de juro, abrandamento da procura global são negativas para a economia sul-coreana.
Não se pode excluir uma recessão nos próximos meses e um fraco crescimento do PIB em 2023. Porém, a reabertura da China será um fator positivo e poderá dar um impulso inesperado à atividade através das exportações.
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