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de segunda a sexta-feira das 9h às 18hA queda da atividade económica da zona euro atingiu no segundo trimestre um nível sem precedentes. O choque foi três vezes mais forte do que durante a crise de 2008-09. Com o confinamento, o colapso do consumo doméstico foi colossal (-12,6%).
Embora as autoridades tenham avançado com medidas para preservar o emprego e o rendimento das famílias, o consumo diminuiu. Como resultado, a taxa de poupança subiu para 24,6% do rendimento disponível, um máximo histórico e mais do dobro do habitual! Este tem sido o paradoxo da crise.
Com o desconfinamento, ocorreu um efeito de recuperação significativa, mas esse ímpeto está a diminuir. O efeito ao nível dos bens terminou e o consumo de serviços está a ser travado por restrições recorrentes e que se agravaram ainda mais nas últimas semanas.
A situação das empresas é delicada. Na ausência de visibilidade, limitam ou adiam os investimentos. As famílias, por seu turno, temem o aumento do desemprego. No segundo trimestre, apesar da queda histórica do PIB, a diminuição do emprego foi limitada na zona euro.
Face ao forte declínio, ou mesmo a paralisação temporária da atividade, a variável de ajustamento nas empresas não foi o número de trabalhadores, mas as horas trabalhadas, que caíram 11,2% no trimestre. Este é o resultado dos esquemas de desemprego temporário criado sob diferentes formas nos vários países europeus. Assumindo o encargo financeiro dos trabalhadores “dispensados”, os Estados permitiram que as empresas mantivessem a sua mão de obra, prevendo em antecipação uma recuperação, impedindo despedimentos e preservando os rendimentos das famílias.
Em 8,1% da população ativa, contra 7,2% antes do início da crise, a taxa de desemprego aumentou pouco até agora. Mas arrisca-se a disparar se as medidas temporárias de apoio cessarem. O número de falências de empresas também foi reduzido devido a uma série de auxílios mas nem todas sobreviverão à crise.
O cenário otimista de uma recuperação em forma de V é totalmente irrealista pois a zona euro foi atingida por uma segunda vaga da pandemia de covid. Após a recuperação do terceiro trimestre, o PIB deverá estagnar nos últimos três meses do ano e talvez no início de 2021.
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