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Em destaque: BASF, Microsoft, Renault, Repsol, Telecom Italia, Telefónica
Há 2 meses - 24 de janeiro de 2023BASF
A química alemã anunciou um prejuízo de 1,38 mil milhões de euros em 2022 devido a imparidades significativas com as atividades da subsidiária de petróleo e gás Wintershall Dea, que se retirará completamente da Rússia.
Apesar do aumento dos preços da BASF, que impulsionou as vendas (+11%), os lucros operacionais (-14,7%) dececionaram. A química foi fortemente atingida pela subida dos custos da energia em 2022.
Se estes últimos recuaram dos máximos, deverão manter-se a um nível elevado em 2023. Não parece existir risco para o dividendo (imparidades não têm qualquer efeito sobre a geração de dinheiro) e ainda esperamos ao mesmo nível do ano anterior, ou seja, 3,4 euros por ação.
Os resultados completos da BASF serão publicados a 24 de fevereiro. Ver conselho.
Microsoft
As grandes empresas tecnológicas continuam a anunciar corte de custos. Agora, foi a vez da Microsoft informar que vai suprimir 10 mil postos de trabalho, aproximadamente 5% do total.
Como resultado, registará um encargo de 1,2 mil milhões de dólares (0,16 dólares por ação) nos resultados do segundo trimestre de 2022/23.
É preciso ter em conta que a Microsoft realizou 40 mil contratações para fazer face ao impulso que o negócio beneficiou durante a pandemia.
Agora, com o abrandamento da economia e o menor ritmo de consumo, vê-se forçada a reduzir o pessoal para reduzir os custos. Ver conselho.
Renault
A Renault e a Nissan concordaram em rever a sua aliança. Como seria de esperar, o construtor francês reduzirá a sua participação na capital no grupo japonês de 43% para 15%.
Pela primeira vez desde o casamento”, em 1999, os dois grupos encontram-se em pé de igualdade, cada um detendo 15% do capital do outro e dos direitos de voto.
Uma decisão que alivia as tensões do lado nipónico e que deverá permitir à Renault avançar na implementação da sua nova organização (criação de 5 divisões distintas).
Resta saber em que ritmo irá ocorrer este reequilíbrio da Renault e em que medida os aliados quererão cooperar mais no futuro. Ver conselho.
Repsol
A petrolífera espanhola publicou indicadores sobre a atividade no quarto trimestre de 2022. A produção manteve-se estável (+0,4% para 551 mil barris) em comparação com o terceiro trimestre de 2022.
Quanto ao preço, o Brent baixou 11,8% face ao período homólogo. A combinação destes fatores deverá gerar menos lucros na produção de hidrocarbonetos, mas já esperávamos.
Por seu turno, a boa surpresa vem da margem de refinação. O ganho de 12,7 dólares por barril refinado no terceiro trimestre subiu para 18,9 dólares no quarto trimestre. Tal pode permitir que a Respol tenha aumentado os lucros no último trimestre.
Perante esta evolução passamos a assumir que a margem de refinação manter-se-á, em 2023, a um nível superior ao esperado. Além do aproximar do embargo ao petróleo refinado russo, a procura de produtos refinados poderá ser mais sólida se a economia europeia evitar uma grande recessão.
Do lado do petróleo em 2023, mantemos uma estimativa entre 90 e 100 dólares para o Brent. A reabertura da economia chinesa, os constrangimentos com o embargo à Rússia e o reduzido investimento na exploração a nível global sustentam um preço elevado.
A cotação reagiu bem à atualização trimestral feita pela Repsol sobretudo na margem de refinação. As perspetivas para 2023 parecem boas. Ver conselho.
Telecom Italia
O Conselho de Administração está a trabalhar num novo plano operacional que será apresentado em meados de fevereiro. Mais do que na própria atividade, os holofotes estão sobre as possíveis novidades no spin-off da rede.
A diferença entre o valor atribuído à rede pelo vendedor, a Vivendi (principal acionista) e o potencial comprador, a Cassa depositi e prestiti, até agora, impediram um acordo.
Nos últimos dias, as hipóteses de incentivos ao setor que ajudariam a valorizar a rede e, consequentemente, a reduzir o fosso entre comprador e vendedor, ajudaram a cotação da Telecom Italia.
No entanto, é tudo demasiado vago para mudarmos o conselho. Entretanto, parece que a TI também está a estudar uma nova emissão obrigacionista, mas o facto de se falar de uma cotação na bolsa do Luxemburgo aponta para que seja reservada aos investidores profissionais. Ver conselho.
Telefónica
O grupo perdeu o litígio com as autoridades do Peru para o pagamento de impostos entre 1998 e 2005, o que a obriga a pagar imediatamente mais de 900 milhões de euros, a maior sanção da história da operadora.
A Telefónica já tinha provisionado uma parte (769 milhões) até setembro e o resto fê-lo no final do ano, pelo que o impacto será refletido nas contas do ano passado.
Mantemos as nossas estimativas de lucros por ação em 0,3 euros tanto para 2022 como para 2023. Ver conselho.
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