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Em destaque: Abbott, ASML, Chevron, Intel, Mapfre, Microsoft
Há 2 meses - 31 de janeiro de 2023Abbott
As receitas cresceram 6,4% (excluindo impactos cambiais) em 2022, uma vez que a Abbott beneficiou das vendas dos seus testes à covid.
Mas o vento está a mudar. No quarto trimestre, as vendas caíram 6% devido ao forte declínio das vendas destes mesmos testes. Um impacto que continuará em 2023, resultando em vendas e lucros mais baixos.
Outro desafio para Abbott em 2022 foi o encerramento temporário de uma fábrica de leite infantil. A produção foi retomada, mas o grupo ainda não recuperou (ainda?) toda a quota de mercado.
Acresce que a Abbott está a ser investigada pelo Departamento de Justiça dos EUA sobre o acidente, o que levanta algumas preocupações. Ver conselho.
ASML
As perspetivas de crescimento da ASML contrastam com as da maioria das tecnológicas.
Com base no recorde de encomendas em 2022 (+17%), a ASML anunciou que espera um aumento de 25% das receitas em 2023 (+14% em 2022) e uma margem bruta ligeiramente superior.
O grupo indica que a procura é tal que está a ter dificuldades em acompanhá-la. Os principais clientes continuam a investir massivamente na construção de novas unidades de produção antecipando, após uma difícil primeira metade de 2023, uma recuperação da procura de semicondutores.
Para os próximos anos, o grupo está igualmente otimista. De acordo com os objetivos revelados em novembro, o volume de negócios poderá atingir 40 mil milhões de euros em 2025 e 60 mil milhões em 2030 (21 mil milhões em 2022) e a margem bruta atingirá 56% em 2025 e 60% em 2030 (50,5% em 2022).
Elevámos as nossas estimativas de lucros por ação para 18 euros em 2023 (antes 16,5 euros) e para 21 euros em 2024 (antes 20,4 euros). Em 2022, foram de 14,14 euros.
O crescimento dos lucros justifica que as ações estejam a negociar 35 vezes os lucros esperados em 2023 (18 do setor dos semicondutores).
O risco de concorrência é limitado por barreiras à entrada e pela posição quase monopolista da ASML. Ver conselho.
Chevron
A confiança nas perspetivas para o setor petrolífero (preços sustentados, procura sólida) leva o grupo a triplicar o plano de compra de ações próprias para 75 mil milhões de dólares face ao período 2019-início de 2023.
Além disso, o dividendo trimestral para o primeiro trimestre de 2023 é aumentado em 6,3% para 1,521 dólares.
O valor anual é estimado em 6,04 dólares em comparação com 5,68 em 2022. Ver conselho.
Intel
No último trimestre de 2022, a Intel apresentou resultados inferiores ao esperado. Devido a um declínio de, pelo menos, 40% em termos homólogos das receitas previstas neste primeiro trimestre de 2023, deverá gerar uma nova perda de 0,8 dólares por ação.
As vendas de processadores para computadores e servidores informáticos, inflacionadas pelo período da covid, estão a ser fortemente impactadas pelo abrandamento económico.
Revemos drasticamente em baixa as nossas estimativas de lucros e elevámos o nível de risco associado a esta ação para 4 (antes 3). Ver conselho.
Mapfre
A seguradora espanhola avançou a informação de que os lucros de 2022 aumentaram 10,8%, superando ligeiramente os 24,5 milhões de euros.
O negócio no continente americano tem sido a força motriz da Mapfre, compensando a desaceleração em Espanha (+0,4%) que, em todo o caso, continua a ser a principal fonte de rendimento da seguradora (um terço das receitas).
As receitas dos negócios nos Estados Unidos (+25%), no Brasil (+45%) e no resto da América do Sul (+23%) avançaram significativamente, beneficiando também durante o ano passado da forte apreciação das moedas locais face ao euro.
A 9 de fevereiro, a Mapfre apresentará resultados definitivos de 2022 e que deverão revelar lucros de 0,21 euros por ação.
Com estes resultados, as ações negoceiam a menos de 9 vezes o lucro esperado, em 60% do valor contabilístico e oferecem um rendimento do dividendo superior a 7%.
Embora a cotação tenha valorizado 16% nos últimos três meses, ainda apresenta fundamentos bastante interessantes.
Para 2023, estimamos lucro por ação de 0,23 euros e um dividendo de 0,15 euros.
A seguradora espanhola apresenta um primeiro vislumbre dos seus resultados de 2022, com as receitas a subir em bom plano.
A ação está subvalorizada e oferece um alto rendimento do dividendo. Ver conselho.
Microsoft
O grupo espera, no trimestre em curso, um abrandamento do crescimento no negócio da Nuvem Inteligente (41% das receitas): +17% a 19% de receitas no trimestre (+24% no trimestre anterior).
Mas a tendência é ainda de ganhos de quota de mercado nesta área promissora e altamente rentável. As receitas continuarão a diminuir no negócio da Informática Pessoal (27% das receitas): espera-se -15% a -18% (-19% no trimestre anterior).
Já bem menos dependente deste negócio a favor de atividades mais lucrativas, a Microsoft deverá ser capaz de manter uma margem operacional confortável nos próximos anos.
A recente redução de 5% da força de trabalho deverá também contribuir para essa meta. Ao mesmo tempo, prossegue investimentos, nomeadamente na inteligência artificial e planeia investir mais milhares de milhões de dólares na OpenAI, a empresa da aplicação de conversação ChatGPT.
Mantemos as estimativas de lucros por ação de 9,2 dólares em 2022/23 e 10,3 em 2023/24.
A Microsoft está mais focada na preservação de uma rentabilidade confortável, mas prossegue os investimentos particularmente no campo da inteligência artificial.
As perspetivas de lucros a médio e longo prazo permanecem sólidas. Tendo em conta os trunfos do grupo, a cotação atual é uma oportunidade de compra. Ver conselho.
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