- Investimentos
- Ações
- Notícias sobre Ações
- Em destaque: Autodesk, Bouygues, Medtronic, Ralph Lauren, TotalEnergies
Em destaque: Autodesk, Bouygues, Medtronic, Ralph Lauren, TotalEnergies
Há 2 meses - 29 de novembro de 2022Autodesk
O especialista em software de design e modelação 3D não surpreendeu quanto aos resultados do segundo trimestre de 2022/23 (fecho a 31/01).
As receitas aumentaram 14% e os lucros por ação progrediram 27%. Mas como este último trimestre será mais difícil do que o esperado reviu ligeiramente em baixa os objetivos do exercício corrente.
A receita deverá mesmo assim aumentar 14%, as encomendas, 17% (antes 19,5%) e os lucros por ação 30%. O abrandamento económico mais acentuado penaliza a construção e a indústria, dois dos principais clientes da Autodesk.
Apesar do contexto difícil, a fidelidade dos clientes deverá permitir atingir uma margem operacional de 38%-40% entre 2024 e 2026 (36% esperados em 2022/23).
Além disso, o grupo mostra a confiança ao anunciar um novo plano de compra de ações próprias de 5 mil milhões de dólares, o equivalente a 12% da capitalização bolsista.
Estimamos agora lucros por ação de 3,44 dólares em 2022/23 (antes 3,5) e 4,5 dólares em 2023/24.
Os objetivos anunciados para o trimestre em curso são um pouco dececionantes, mas devem-se sobretudo ao abrandamento económico global.
A Autodesk continua a ganhar quota de mercado na área da modelação 3D que tem um potencial significativo de crescimento a médio e longo prazo. Ver conselho.
Bouygues
Nos primeiros nove meses, a receita aumentou 4% e a margem operacional manteve-se estável em 4,1%.
As receitas imobiliárias recuaram 5% e as encomendas 16%, mas foi mais do que compensado pela vitalidade do negócio das obras públicas (Colas), cuja receita subiu 10% e as encomendas 19%.
Nesta atividade, porém, a Bouygues está mais prudente em termos de rentabilidade a curto prazo dado que o aumento dos custos continuará em 2023.
O negócio das telecomunicações, ainda robusto, está no bom caminho para atingir os objetivos em linha com o que estabeleceu para 2026.
Para aumentar a parte recorrente das receitas, a Bouygues está a iniciar a integração da Equans (serviços técnicos na transição ambiental e digital) e espera melhorar a rentabilidade.
No negócio da televisão, renunciou à fusão entre a TF1 e a M6. Uma boa decisão porque as sinergias eram pouco claras. Apesar da dívida gerada pela aquisição da Equans, o dividendo para 2022 deverá manter-se elevado (rendimento de 6%).
A Bouygues continua os esforços para estabilizar a rentabilidade, apesar da inflação. A cotação não consegue fixar-se permanentemente acima dos 30 euros, mas a ação oferece um dividendo generoso. Ver conselho.
Medtronic
O grupo reduziu as previsões após as vendas do segundo trimestre de 2022/23, terem registado um aumento dececionante: apenas +2,5% (excluindo os impactos cambiais).
As razões são, por um lado, uma recuperação mais lenta do que o esperado das intervenções cirúrgicas e, por outro, persistentes problemas de fornecimento.
A Medtronic também será mais impactada do que o esperado pela apreciação do dólar. A queda de 25% da cotação desde o início do ano deve ser colocada em perspetiva.
A fraqueza atual serve para assumir ou reforçar uma posição neste campeão de dividendos. Ver conselho.
Ralph Lauren
Os clientes da Ralph Lauren preferem fazer compras através dos chamados canais tradicionais de retalho, isto é, nas lojas físicas.
Ao contrário de várias outras cadeias de moda, o grupo continua a apostar na abertura de lojas, a última das quais em Bordéus.
Esta escolha parece ser compensadora para o grupo de moda cujas contas trimestrais, recentemente anunciadas, revelaram resultados decentes em termos de vendas.
As receitas totais aumentaram 13% a taxas de câmbio constantes (a progressão cai para 5% se incluirmos o efeito cambial da apreciação do dólar) e a área geográfica que teve melhores resultados foi a Ásia (+17% no trimestre).
Uma região importante, onde, no último trimestre, o grupo abriu quase 30 novas lojas. Em sentido contrário, os lucros do trimestre diminuíram (-33% em termos homólogos), tal como para a maioria das empresas neste período.
Contudo, essa evolução não deverá ter um impacto negativo no valor do dividendo. Apesar do declínio dos lucros, o mercado recompensa a Ralph Lauren.
O grupo resiste às dificuldades do período e como continua a alcançar bons resultados, particularmente na Ásia, um continente onde prossegue a estratégia de expansão. Ver conselho.
TotalEnergies
A cotação da TotalEnergies está a aproximar-se dos máximos do ano, apesar da queda do preço do barril de petróleo.
A perspetiva de preços elevados do GNL, nos próximos trimestres, para substituir as importações russas ajuda a suportar a cotação.
A forte posição do grupo no GNL contribuiu para registar lucros no terceiro trimestre. Ver conselho.
O conteúdo deste artigo pode ser reproduzido para fins não-comerciais com o consentimento expresso da DECO PROTESTE, com indicação da fonte e ligação para esta página. Ver Termos e Condições.