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Em destaque: Air Liquide, CheckPoint, ING, Meta, Pfizer, Telecom Italia, VF
Há 4 meses - 8 de novembro de 2022Air Liquide
O grupo francês confirmou a perspetiva após a publicação de vendas mais dinâmicas do que o esperado no trimestre (+8,3% numa base comparável).
Um bom desempenho propiciado pela capacidade do grupo de transmitir o aumento dos preços da energia aos seus clientes.
No entanto, o trimestre foi marcado por uma desaceleração da procura por parte dos clientes siderúrgicos e químicos na Europa. Globalmente, o trimestre foi tranquilizador e confirmamos o nosso conselho. Ver conselho.
CheckPoint Software
O grupo reviu em alta os objetivos para 2022 graças ao aumento de 8% das encomendas terceiro trimestre.
O bom desempenho da cotação em comparação com a média do setor tecnológico desde o início do ano é justificado pela nova dinâmica comercial do grupo. Ver conselho.
ING
O grupo bancário neerlandês registou uma queda de 28,4% dos lucros no terceiro trimestre, saindo-se menos bem do que o esperado.
A diminuição deveu-se principalmente a dois grandes elementos pontuais (nova legislação hipotecária na Polónia e um efeito contabilístico de hedging na Bélgica), mas a hiperinflação na Turquia também pesou nos resultados.
Além disso, as receitas das comissões também ficaram um pouco aquém e a ING registou um aumento acentuado das provisões para crédito malparado. No quarto trimestre, também terá de assumir uma perda substancial devido ao aumento súbito do custo dos empréstimos junto do Banco Central Europeu.
Tudo isto não altera o facto de o banco estar altamente capitalizado e querer usar o excesso de capital para comprar 1,5 mil milhões de euros de ações próprias até ao final deste ano.
Se não for possível concluir integralmente este plano, o resto será distribuído aos acionistas em dinheiro em janeiro. Reduzimos ligeiramente as nossas estimativas de lucros para 2022 de 1,05 euros para 0,96 euros por ação e, dadas as condições económicas, mantemo-nos bastante cautelosos para 2023 (1,18 euros face aos 1,25 euros anteriormente). Para 2024, prevemos 1,40 euros. Ver conselho.
Meta
Prossegue o mau momento da Meta Platforms (Facebook, Instagram, Whatsapp). A receita do trimestre (-3% para 27,7 mil milhões de dólares) ficou em linha com as expectativas, mas o grupo está a sacrificar o controlo de custos (+19%) para manter a grande base de utilizadores (3,7 mil milhões em todos os seus serviços).
Os lucros operacionais caíram 46% e a margem operacional recuou de 36% para 20%, refletindo o investimento sustentado no metaverso (anunciado como o futuro da internet, mas com sérias dificuldades para arrancar).
A Meta diz que quer tornar as suas operações mais eficientes e menos dispendiosas e avança como o congelamento de novas contratações. Mas, ao mesmo tempo, já prevê um aumento entre 10 e 19% dos seus custos em 2023.
Tendo em conta os cortes nos orçamentos publicitários e a crescente popularidade das plataformas concorrentes (TikTok), as receitas da Meta poderão voltar a desiludir nos próximos meses.
Assim, reduzimos as nossas estimativas de lucros por ação para 9 dólares em 2022 (antes 10,7) e 8 dólares em 2023 (antes 12).
Ao publicar um fraco lucro trimestral, a Meta Platforms continua a perder amigos entre os investidores. O grupo está confiante incluindo na aposta no metaverso, mas a curto prazo as perspetivas podem piorar ainda mais. Ver conselho.
Pfizer
A Pfizer aumentou a previsão de receita para 2022 devido a um declínio mais lento do que o esperado nas vendas da vacina Comirnaty para a covid. Em 2022, espera gerar 56 mil milhões de dólares nos produtos covid (Comirnaty e Paxlovid).
No entanto, este montante será drasticamente menor nos próximos dois anos. Ainda assim, graças ao encaixe, a Pfizer tem recursos para realizar aquisições, alcançar o objetivo de 25 mil milhões de dólares em receitas adicionais até 2030 e revigorar o crescimento penalizado pelas esperadas perdas de patente.
E a Pfizer tem estado particularmente ativa nos últimos meses com as aquisições da Biohaven Pharmaceuticals (neurologia) e da Global Blood Therapeutics (doenças raras). A Pfizer também poderá tirar partido da tecnologia mARN (a da Comirnaty) para outras doenças, mas os resultados ainda são incertos e há concorrência.
No imediato, a Pfizer espera até 19 novas aprovações nos próximos 18 meses. Entre elas, a de uma vacina contra a bronquiolite em bebés para a qual apresentou resultados clínicos positivos.
As vendas de produtos para a covid estão a perder gás, mas a Pfizer tem outros trunfos que, ofuscados pelos produtos covid, não estão a ser suficientemente valorizados. As ações permanecem atrativas e mantemos o conselho. Ver conselho.
Telecom Italia
Os rumores de possíveis operações sobre no grupo estão de volta. O ponto de partida dos rumores é a extensão do acordo assinado em julho entre a TIM e a CDP Equity (participada da CDP e também do fundo KKR e Macquarie) para o projeto de integração da rede da TIM com a da concorrente Open Fiber (controlada pela CDP).
O acordo, que deveria expirar no final de outubro, foi prorrogado até 30 de novembro, mas com uma diferença importante: as negociações já não são exclusivas. A exclusividade não é, de modo algum, um pormenor trivial e muda o cenário.
Por um lado, a extensão dá mais tempo para a CDP, KKR e Macquarie negociarem, mas, por outro lado, abre a porta a outras ofertas. E, pelo menos, acentua a "pressão" sobre o preço, um dos principais entraves das negociações se têm encalhado, dada a distância entre o que a CDP está disposta a pagar e o que a Vivendi (acionista da TIM) pretende, a diferença está na ordem dos 40%.
No passado, o fundo KKR esteve no centro dos cenários de uma OPA sobre toda a TIM, mas que nunca arrancou.
No verão falou-se também da possibilidade de a CDP lançar uma oferta pública de aquisição da Telecom Italia, fundir a sua rede com a da Open Fiber e vender o resto de TIM no mercado.
O papel do novo Governo de Roma não deve ser subestimado, dado que a atual maioria manifestou a ideia de manter o caráter italiano da rede.
Neste leque de possibilidades, a hipótese de uma oferta pública de compra sobre a Telecom Italia não pode ser excluída, e o mercado já começou a apostar nela. Dos mínimos de 0,17 euros em meados de outubro, as ações da Telecom Italia atingiram 0,22 euros.
Consideramos que o cenário de OPA é possível, mas não necessariamente o mais provável, como demonstram os muitos "falsos alarmes" no passado. Para o longo prazo, o nosso conselho não muda. Ver conselho.
VF Corporation
O segundo trimestre do ano fiscal de 2022/23 da VF Corporation acaba de fechar e as notícias não foram positivas. As receitas diminuíram 4% face ao mesmo período de 2021.
Do ponto de vista das marcas, a única a crescer foi a North Face (+8% para o mesmo trimestre de 2021 e +16% em relação aos primeiros seis meses de 2021).
E se as vendas da marca Timberland aguentaram (-4% em relação ao mesmo trimestre de 2021) é a queda nas vendas da Vans (-19%) e da Dickies (-19%) que mais preocupam.
Contudo, o grupo mostra-se otimista e fala de um período de crise em que, apesar de tudo, os resultados se mantiveram. Um declínio previsível, dada a incerteza da situação, e que reflete na cotação. O elevado dividendo foi confirmado. Ver conselho.
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