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Em destaque: Air Liquide, BAE, Iberdrola, GIMV, Toromont, Walmart, Zurich
Há 2 meses - 22 de novembro de 2022Air Liquide
A especialista francesa em gases industriais publicou vendas trimestrais (+8,3%) acima do esperado.
Um desempenho resultante da capacidade da Air Liquide em transmitir o aumento dos preços da energia aos clientes. Uma realidade mais visível nos segmentos Clientes Industriais (+18%) e Eletrónica (+20,9%).
No entanto, o trimestre foi marcado por uma desaceleração da procura dos grandes clientes europeus das indústrias siderúrgica e química, mais afetadas pelos preços da energia (redução ou paragem da produção).
Apesar do abrandamento da indústria europeia, a Air Liquide confirmou as previsões para 2022. Também tranquiliza a médio/longo prazo, sendo o seu modelo relativamente resiliente, mesmo que não seja totalmente imune à esperada recessão.
A Air Liquide pretende aproveitar a transição energética, que os elevados custos do gás na Europa devem acelerar, e está focada em mercados promissores como a eletricidade, saúde e tecnologia.
Além disso, confirmou o desejo de sair da Rússia (1% das vendas) através da venda à equipa de gestão local.
O trimestre foi tranquilizador. Mantemos as estimativas de lucros por ação de 5,6 euros em 2022 e 6,1 euros em 2023 e confirmamos o conselho. Ver conselho.
BAE
O grupo de Defesa elevou a previsão para 2022, principalmente devido à força do dólar. Atualmente, estima um aumento do volume de negócios de 7 a 9% (antes 2 a 4%).
Do lado da rentabilidade, espera agora que o lucro operacional aumente 10 a 12% (antes 4 a 6%).
A médio e longo prazo, a BAE beneficia do aumento dos orçamentos de Defesa, como evidenciado pelo recorde nas ordens registadas desde o início da guerra na Ucrânia.
Revemos também em alta as nossas previsões. Apesar da forte subida da cotação desde o início do ano, a ação continua a ser uma das nossas favoritas no setor da Defesa. Ver conselho.
Iberdrola
A elétrica espanhola atualizou o plano estratégico para 2025. As principais linhas passam pela diversificação internacional, crescimento das energias “limpas”, mais investimento.
A Iberdrola reforçará a presença nos EUA, que absorverá 47% dos novos investimentos, incluindo a compra da PNM que espera poder concluir em 2023.
A intenção é aumentar a base de ativos em 44% nos próximos anos, o que deixará a Espanha como o mais pequeno dos seus mercados (16% dos ativos sob gestão, mas 30% dos lucros), 21% no Brasil, 22% no Reino Unido e 41% nos EUA (25% dos lucros).
A Iberdrola esperar aumentar os lucros entre 8 e 10% por ano. Metas ambiciosas, mas exequíveis (até ao terceiro trimestre o lucro cresceu 29% para 0,46 euros por ação), apesar do aumento esperado dos custos financeiros (investimentos mais elevados) em resultado do contexto atual de subidas das taxas de juro.
Não alteramos as nossas estimativas nem o conselho. Ver conselho.
GIMV
Na primeira metade do exercício em curso (fecho anual a 31/3), a empresa de investimento GIMV deu prejuízo.
De facto, houve lugar há contabilização de perdas em resultado do desempenho dos mercados bolsistas (queda das valorizações das empresas).
No entanto, as empresas presentes na carteira da GIMV deram provas de crescimento (aumento médio das receitas de 24%; 10% excluindo alienações e aquisições).
E o impacto negativo sobre o valor intrínseco manteve-se limitado (-5,7% para 47,60 euros a 30 de setembro). Ao mesmo tempo, a GIMV beneficiou de uma rápida expansão do seu portefólio (incluindo 6 novas empresas).
O seu valor atinge mais de 1,5 mil milhões de euros. O bom dividendo (pelo menos 2,60 euros) não está ameaçado. Ver conselho.
Toromont
Graças às atividades de serviços, a Toromont registou resultados muito bons no terceiro trimestre (lucros por ação de 1,5 dólares canadianos, +33%).
A subida das taxas de juro e o abrandamento económico pesarão nas margens nos próximos trimestres, mas esperamos que os lucros aumentem em 2023, graças à exposição à economia canadiana, que escapará a uma profunda recessão.
É uma ação adequada para os investidores que querem diversificar e expor-se a esta economia. Ver conselho.
Walmart
O volume de negócios aumentou 8,8% no trimestre. Depois de um profit warning no final de julho, a Walmart ajustou novamente as suas expectativas para o exercício em curso.
Estima agora +5,5% de receitas (antes +4,5%) e um recuo de 6 a 7% dos lucros por ação (antes -9 a -11%). No entanto, o resultado líquido (por ação) será muito mais baixo devido a elementos não recorrentes.
A mais-valia com a venda da participação minoritária nas atividades brasileiras está longe de compensar a queda acentuada do valor na participação na maior retalhista chinesa, a JD.com.
A Walmart também pagou mil milhões de dólares num processo judicial relativo às vendas excessivas de opioides nas suas farmácias. Assim revemos em baixa a nossa estimativa de lucros por ação para 3,47 dólares em 2022-23.
Para os dois exercícios seguintes, aumentamos para 6,36 e 6,66 dólares. Como voto de confiança, a Walmart anunciou um novo programa de compra de ações próprias no valor de 20 mil milhões de dólares, sendo que o anterior (iniciado em fevereiro de 2021) está a terminar.
O horizonte clareia novamente para a Walmart. Contudo, para comprar no setor da distribuição preferimos a Ahold Delhaize cuja cotação está em níveis mais atrativos. Ver conselho.
Zurich Insurance
Nada de revolucionário no plano 2023-2025 apresentado pela Zurich Insurance.
No entanto, é caracterizado por um ritmo de crescimento mais acentuado e aponta para uma maior rentabilidade do que o plano 2020-2022.
Estes objetivos requerem crescimento orgânico em vez de aquisições, o que limita a tomada de riscos. A ação é atrativa sobretudo pelo elevado dividendo. Ver conselho.
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