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Em destaque: AB InBev, BASF, Coca-Cola, Melexis, Mercedes, Novartis
Há 5 meses - 3 de novembro de 2022AB InBev
No trimestre, apesar de um aumento acentuado dos preços (+8,4%), necessário devido à inflação dos custos, o grupo cervejeiro aumentou os volumes ao ritmo mais elevado desde o início deste ano (+3,7%).
Uma evolução que permitiu ajustar ligeiramente em alta o intervalo da previsão de lucros este ano. Nos EUA, os volumes mantiveram-se ligeiramente melhores do que o esperado (-1,3%).
Por enquanto, a estratégia focada no reforço das marcas premium está a funcionar muito bem, mas será posta à prova em caso de recessão económica, tanto na Europa como nos EUA. Ver conselho.
BASF
O gigante químico alemão BASF apresentou resultados trimestrais melhores do que o esperado graças a preços de venda mais elevados. A receita aumentou 3,3%, mas esta estratégia está a atingir os limites.
Por um lado, os volumes caíram 7,2% e o clima económico na Europa, especialmente na Alemanha, está a deteriorar-se. Por outro lado, a subida dos custos da energia só pode ser parcialmente repercutida nos preços de venda.
Os lucros operacionais caíram 29% no trimestre e, para 2023, a situação não vai melhorar.
A BASF já lançou um plano de redução de custos que visa poupar 500 milhões de euros por ano (0,55 euros por ação) até ao final de 2024, dos quais mais de metade serão na sua maior fábrica alemã (Ludwigshafen).
Trata-se de esforços estruturais, pois os cortes são permanentes na Europa. Ao mesmo tempo reforça-se na China para fazer face aos custos do gás e da eletricidade na Europa. Mantemos a previsão de lucros por ação de 5,2 euros em 2022, mas reduzimos de 5 para 4,8 euros em 2023.
A BASF confirma os seus objetivos e reage com um plano de poupança de custos. Contudo, à medida que a recessão se aproxima, começam a sentir-se dificuldades e o impacto a longo prazo do fim da barata energia russa ainda está por conhecer. Assim, a baixa valorização do título é justificada. Ver conselho.
Coca-Cola
No trimestre, a Coca-Cola conseguiu, graças à imagem de marca, aumentar os preços em 12% sem sacrificar os volumes (+4%). A rentabilidade operacional ficou em 29,5%, próxima de há um ano (30%).
Menção especial para a atividade na América do Norte onde os preços aumentaram 15%. Também resistiu ao choque da força do dólar (impacto negativo de 8% nas vendas) com um aumento de 7% do lucro por ação.
Cerca de 2/3 da atividade é realizada no estrangeiro, mas os custos de produção locais reduzem o efeito cambial. A administração está tranquila a médio prazo e face a sinais de uma possível recessão adaptará a oferta.
Por exemplo, ajustando as embalagens para produtos mais pequenos e baratos, mas não menos rentáveis de forma a não desencorajar os clientes.
Bem preparada para tempos de crise, a Coca-Cola tem é de convencer a longo prazo com um crescimento dos volumes menos dependente dos refrigerantes, negócio maduro nos países desenvolvidos. É aí que surge a dúvida sobre uma rentabilidade que se baseia principalmente nos refrigerantes.
No trimestre, a Coca-Cola superou os obstáculos (inflação, dólar forte), mas, se tem trunfos para ultrapassar as atuais dificuldades económicas, tem de enfrentar a maturidade dos refrigerantes e manter uma boa rentabilidade. Ver conselho.
Melexis
No terceiro trimestre, a receita aumentou 35% favorecida, em parte, pela apreciação do dólar (para 7%).
Nos primeiros nove meses, o aumento foi de 28,2%. O lucro operacional também recuperou (+55% no trimestre, +52,5% em 9 meses) e apoiou a margem operacional (28% no trimestre, 27,5% em 9 meses).
Pela terceira vez este ano, a Melexis reviu em alta a previsão para o ano inteiro: receita +29% a 30% (antes +28% a 30%) e margem operacional de 27% (antes 26%). Também revimos as nossas estimativas de lucros por ação em 2022 para 4,75 euros (antes 4,60).
Para 2023, a Melexis ainda não fez previsões. No entanto, continua a assistir a um forte crescimento em certos produtos inovadores e uma procura que excede a oferta.
Mas, apesar disso, teme-se que, nos próximos meses, os clientes da Melexis adiem ou retirem as encomendas, antecipando uma possível diminuição da procura de automóveis topo de gama (que contêm mais chips).
Sendo prudentes, esperamos que os lucros por ação se mantenham para 2023 em 4,76 euros e 5,18 euros em 2024. Ver conselho.
Mercedes
O construtor germânico elevou a previsão para 2022 após a publicação de bons resultados trimestrais. Prevê agora uma margem operacional de 13 a 15% para a divisão automóvel (antes 12 a 14%).
Também revimos em alta as nossas estimativas de lucros por ação para 12 euros em 2022.
No entanto, mantemos a estimativa para 2023 em 10,5 euros, uma vez que a procura deverá enfraquecer no próximo ano, nomeadamente devido ao abrandamento económico e ao risco de inflação persistentemente elevada. Ver conselho.
Novartis
Com a receita a crescer 4% (excluindo os impactos cambiais) no terceiro trimestre, a Novartis mantém a previsão de crescimento de 5% das vendas para 2022.
Por outro lado, as depreciações de ativos e os encargos de reestruturação reduziram os lucros operacionais: -33%.
Esforços que devem permitir à farmacêutica poupar 0,7 francos por ação até 2024. Ver conselho.
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