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Em destaque: Apple, BAE Systems, LVMH, Porsche, Telefônica, TotalEnergies
Há 5 meses - 4 de outubro de 2022Apple
De acordo com a agência noticiosa norte-americana Bloomberg, a Apple reviu em baixa as suas metas e acabará por não produzir, no segundo semestre de 2022, os esperados 96 milhões de iPhone 14, mas mantém o seu objetivo inicial de 90 milhões de unidades, comparável ao iPhone 13.
A procura está a revelar-se menor do que o esperado, uma constatação notada recentemente por outros intervenientes do setor tecnológico, como a Micron.
A marca da maçã tem muitos trunfos para ultrapassar a crise económica sem muitos danos. Ver conselho.
BAE Systems
O grupo britânico de equipamentos de defesa confirmou as suas metas para 2022, após a publicação de resultados semestrais em linha com as expectativas.
Continua a apontar para +2 a +4% de receitas graças à cibersegurança (+10% no semestre) e aos sistemas de guerra eletrónica destinados em particular aos caças F-35 (+6% no semestre).
Na rentabilidade, confirmou o objetivo de lucro operacional (+4% a +6%) e lucros por ação de 50 pence (47,8 em 2021). Na prática, a BAE ainda não beneficia da conjuntura favorável (guerra na Ucrânia, aumento dos gastos de defesa), mas o crescimento irá, sem dúvida, acelerar nos próximos anos.
A prová-lo, as novas encomendas subiram 70% para 18 mil milhões de libras no primeiro semestre. Em junho, o livro de encomendas atingiu um recorde de 53 mil milhões de libras. As perspetivas são brilhantes para as vendas e para as margens.
Revemos em alta as nossas previsões de lucros por ação: 55 pence em 2023 (antes 54) e 60 pence em 2024 (antes 57).
Com muitos países a adaptarem-se à nova realidade geopolítica, a BAE Systems confirmou os seus objetivos para 2022.
As encomendas apontam para um forte crescimento dos lucros nos próximos anos. Assim, apesar da valorização, a ação continua a ser uma das nossas preferidas no setor da defesa. Ver conselho.
LVMH
Ninguém nega que a LVMH é um grupo de sucesso. No primeiro semestre, registou um forte crescimento do volume de negócios: 23% no primeiro trimestre e 19% no segundo.
Europa, Japão e América do Norte compensaram as dificuldades provocadas pelos confinamentos na China e onde o mercado de luxo em segunda -mão está a desenvolver-se.
Ao longo do semestre, e apesar de todas as divisões terem contribuído para o crescimento, o negócio da moda e dos produtos de couro (49% das vendas) é o mais rentável e registou o melhor crescimento (+24%).
Já elevada, a rentabilidade operacional cresceu 1,3%, para 27,9%. No final, no primeiro semestre, o lucro por ação subiu 23,5%. No entanto, depois da recuperação da atividade no pós-covid, a LVMH está agora exposta à ameaça de crise económica, especialmente se for acompanhada por um agravamento da atual queda das bolsas e impacto no sentimento da clientela rica.
É certo que a LVMH procuraria então reforçar-se através de aquisições direcionadas, mas com a situação financeira menos favorável do que no passado devido à recente aquisição da Tiffany.
Depois de ter resistido bem à pandemia, a LVMH enfrenta as tensões da economia global. As oportunidades de aquisição podem surgir, mas o grupo está mais endividado do que o habitual. Ver conselho.
Porsche
Como estava previsto, a Porsche AG (ISIN DE000PAG9113) começou a negociar na Bolsa de Frankfurt.
A cotação de 82,5 euros no fecho da sessão de dia 29/09 ficou no valor mais elevado do intervalo previsto no IPO (entre 76,5 e 82,5 euros).
Como referimos na primeira análise à empresa, a Porsche AG seria interessante mesmo nos valores mais altos do IPO. Assim, reiteramos o conselho. Ver conselho.
Telefônica Brasil
Independentemente do desfecho da segunda volta, as eleições no Brasil têm impacto nas perspetivas do maior operador de telecomunicações do país. A cotação e o real deverão oscilar mais nos próximos meses.
Por isso, esta ação é adequada apenas para investidores mais propensos ao risco. A nível operacional, a administração está a fazer um bom trabalho. No segundo trimestre, o lucro operacional subiu 8% (2% em 2021).
Além disso, a posição financeira é sólida, permitindo investir massivamente no 5G e remunerar generosamente os acionistas. O rendimento do dividendo tem rondado 7% nos últimos anos, um atrativo para a ação.
A estratégia para incentivar os ainda numerosos entusiastas de cartões pré-pagos no Brasil a trocarem pela subscrição, quatro vezes mais rentável a Telefônica, está a dar frutos.
Refira-se que a recente aquisição de parte dos ativos da quase falida Oi clarificou o panorama concorrencial com os operadores de telecomunicações reduzidos a três. Estimamos lucros por ação de 0,45 dólares em 2022 e 0,56 dólares em 2023.
A ação tem trunfos inegáveis: fundamentos de qualidade, dividendo atrativo, estratégia relevante e valorização razoável. Contudo, é preciso prudência devido às incertezas político-económicas no Brasil e a elevada volatilidade do real. Ver conselho.
TotalEnergies
Esperando que o cash flow continue a aumentar nos próximos anos, a TotalEnergies distribuirá um pagamento de um dividendo excecional de 1 euro no final do ano.
Confirma também o aumento do dividendo para os próximos anos. A boa saúde financeira e, sem dúvida, as pressões políticas, levam a petrolífera a rever em alta os seus projetos de investimento em energia eólica e solar.
O GNL continua a ser o seu eixo de crescimento. Ver conselho.
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