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Em destaque: Atenor, Kraft Heinz, Mapfre
Há 6 meses - 15 de setembro de 2022Atenor
Sempre muito voláteis em função do progresso das vendas e projetos, os resultados semestrais (1,34 euros por ação) ficaram em consonância com as expectativas do promotor imobiliário.
O ritmo das rendas de escritórios parece mais sustentado do que o esperado e os projetos (pedidos de licença, calendários de construção, etc.) seguem o seu curso.
Porém, as certezas são reduzidas devido ao impacto da situação macroeconómica nas vendas de apartamentos e a atitude de expectativa dos investidores em escritórios tendo em conta a evolução das taxas de juro, etc.
Apesar dos desafios, a Atenor tem reiterado a sua política de aumentar os dividendos de 3% a 5% ao ano. Ver conselho.
Kraft Heinz
O grupo alimentar norte-americano está a tentar lidar com o acréscimo do preço das matérias-primas (e outros custos) aumentando significativamente os preços de venda.
No entanto, apesar da rápida aplicação destes aumentos, não foram suficientes para compensar plenamente o impacto dos custos operacionais. No segundo trimestre, a margem operacional recuou para 17,9% (20,4% há um ano).
O aumento dos custos de produção (agora esperado em 20% face aos anteriores 15%) continuará a ter repercussões negativas nos próximos trimestres. Apesar disso, estamos confiantes na capacidade de o grupo superar a turbulência.
À medida que prossegue os esforços para redinamizar e modernizar a sua linha de produtos, a Kraft tem meios para resistir a condições de mercado menos favoráveis. O grupo confirmou também a previsão de lucro operacional em 2022 (6 mil milhões de dólares), objetivo exequível dada a baixa sensibilidade da atividade aos ciclos económicos.
Mantemos as estimativas de lucros por ação: 2,70 dólares em 2023 e 2,80 dólares em 2023.
O aumento dos custos pesa na rentabilidade, mas a Kraft continua a se reposicionar e pode resistir a uma deterioração da economia. Por isso, o desconto da cotação em relação à média do setor não é justificado. Ver conselho.
Mapfre
As perspetivas de abrandamento económico e o espetro de recessão vão afetar o negócio da seguradora espanhola. Além disso, o cenário inflacionista aumenta o custo dos sinistros, mas levará tempo a traduzir-se na subida dos prémios devido à forte concorrência no setor.
Estas grandes ameaças levam-nos a baixar a nossa previsão de lucro para este ano de 0,24 para 0,21 euros por ação.
Mas a Mapfre tem trunfos a longo prazo, como a diversificação do negócio. Embora Espanha ainda contribua com quase metade do lucro, em 2022 a Mapfre tornou-se a maior seguradora da América Latina, com uma presença muito proeminente no Brasil, uma região menos atingida pelo contexto atual.
Além disso, os seguros são um dos setores mais beneficiados pela subida das taxas de juro do Banco Central Europeu.
A ação negoceia com rácio cotação/lucro inferior a 8, estando abaixo do setor e da sua média histórica (cerca de 10) e bem aquém das ações globais (14). Além disso, o rendimento do dividendo de 8% é atrativo: ultrapassa em muito os 5% do setor. Ver conselho.
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