- Investimentos
- Ações
- Notícias sobre Ações
- Em destaque: Applied, Engie, Iberdrola, Merck, Schneider
Em destaque: Applied, Engie, Iberdrola, Merck, Schneider
Há 6 meses - 6 de setembro de 2022Applied Materials
O fabricante de equipamentos para o setor dos semicondutores publicou resultados em linha com as expectativas relativos ao terceiro trimestre de 2021/22 (fecho anual: 31/10).
As receitas, com um aumento de 5%, atingiram um novo recorde. Os lucros por ação, travados por custos mais elevados na logística, aumentaram 2%.
O grupo, ainda atormentado por problemas de fornecimento de componentes eletrónicos, não é capaz de satisfazer plenamente a elevada procura. Para o trimestre em curso, espera-se que as receitas e os lucros estabeleçam novos recordes com um crescimento de 9% e 3%, respetivamente.
Contudo, para os trimestres seguintes, a incerteza é considerável. De facto, vários comentários vindos de fabricantes de semicondutores referem um abrandamento da procura final.
No entanto, a Applied Materials está confiante e continua a compra de ações próprias, que estimamos, para 2021/22, em mais de 7% da capitalização bolsista. Mantemos as estimativas de lucros por ação em 7,55 dólares para 2021/22 e 8,1 dólares para 2022/23.
A cotação não escapou à queda geral das tecnológicas num contexto de subida das taxas de juro. Contudo, a qualidade do grupo e uma valorização razoável em bolsa limitam o risco de uma nova descida. Ver conselho.
Engie
Embora as entregas de gás russo à Engie já tivessem diminuído consideravelmente desde a guerra na Ucrânia, a Gazprom anunciou a suspensão total das entregas ao grupo francês a partir de 1 de setembro.
No entanto, a Engie está tranquila quanto impacto financeiro deste anúncio, uma vez que já tinha reduzido consideravelmente a sua exposição ao gás russo. Agora era menos de 4% do seu abastecimento total e, por isso, encontra-se dentro do intervalo habitual de volatilidade que gere em função das condições meteorológicas.
Não alteramos as nossas previsões. Ver conselho.
Iberdrola
A decisão do Supremo Tribunal do Maine dá luz verde ao projeto de ligação à rede de alta tensão entre o Canadá e os Estados Unidos. É uma boa notícia para a Iberdrola. A elétrica espanhola fornecerá energia “limpa” a 1,2 milhões de casas no Estado de Massachusetts.
A Iberdrola conseguiu assim desbloquear o seu projeto de ligação pois o tribunal declarou inconstitucional o referendo que, no ano passado, paralisou o projeto New England Clean Energy Connect (Necec), a interligação elétrica necessária para o fornecimento de energia ao Massachusetts.
A Iberdrola está, portanto, a avançar com os seus planos de investimento e já é um dos líderes mundiais em energia eólica. Ver conselho.
Merck
O laboratório americano Merck atingiu 1200 milhões de dólares com a venda do Lagevrio (contra a covid) no segundo trimestre. Foi muito menos do que os 3200 milhões do primeiro trimestre.
Ao todo, espera vender entre 5000 a 5500 milhões de dólares em 2022. Mas mesmo sem ter em conta o Lagevrio, a receita aumentou 20% (excluindo os efeitos cambiais) graças às vendas robustas da vacina Gardasil (+40%) e do fármaco anticancerígeno Keytruda (+30%).
O Keytruda, que representou 36% das receitas no trimestre, perderá a patente a partir de 2028, pelo que a Merck já está a preparar novos motores de crescimento. Por exemplo, está a negociar a aquisição do seu parceiro Seagen, especializado em tratamentos contra o cancro.
Atualmente, a Seagen comercializa quatro produtos, sendo que o resto do pipeline está pouco ou moderadamente avançado. Há, contudo, discussões sobre o preço porque Seagen perdeu uma disputa legal com a japonesa Daiichi Sankyo sobre o tratamento Enhertur. Um veredicto que tem impacto na avaliação de Seagen.
Mantemos as estimativas de lucros por ação em 6 dólares para 2022 e 5,7 dólares para 2023. As ações não estão excessivamente valorizadas. Ver conselho.
Schneider Electric
A empresa francesa está a estudar a aquisição das participações minoritárias na sua subsidiária inglesa Aveva (software) na qual já detém 59,2% do capital. A transação permitirá à Schneider reforçar a posição no software, uma área em que prevê crescimento
As finanças do grupo são suficientemente sólidas para suportar uma operação de cerca de 4 mil milhões de euros. Ver conselho.
O conteúdo deste artigo pode ser reproduzido para fins não-comerciais com o consentimento expresso da DECO PROTESTE, com indicação da fonte e ligação para esta página. Ver Termos e Condições.