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Em destaque: Airbus, Alphabet, Intel, Kion, Orange, UBS
Há 6 meses - 20 de setembro de 2022Airbus
O grupo aeronáutico europeu reviu em baixa a meta de entrega de aeronaves para 2022. Apesar da recuperação do tráfego aéreo, que se mantém dinâmica mesmo com as greves e com o preço do jetfuel, há dificuldades no fornecimento de peças e motores. Como resultado, a Airbus espera agora entregar 700 aviões, menos 20 do que o objetivo original. Também adiou a meta de produção mensal de 65 aeronaves da família A320 em seis meses, para o início de 2024, mas confirma a ambição de atingir 75 aviões/mês em 2025.
Embora o atraso das entregas da Airbus não seja grave, especialmente porque mantém a previsão de resultados operacionais para este ano (5,5 mil milhões de euros), a verdade é que a administração subestimou os estrangulamentos na cadeia de produção. Estas tensões não irão diminuir tão cedo e poderão ainda afetar as entregas em 2023 e 2024.
Além disso, a médio prazo, as perspetivas do setor continuam dependentes da frágil saúde de muitas companhias aéreas que lutam para tornar o seu negócio rentável, devido à concorrência das low cost e ao aumento dos custos. Ver conselho.
Alphabet
A justiça europeia validou a coima recorde, reduzindo-a de 4,3 para 4,1 mil milhões de euros. Esta foi imposta em 2018 pela Comissão Europeia à Google (Alphabet) por abuso de posição dominante no sistema operativo Android, que equipa a maioria dos smartphones e tablets.
Embora os problemas jurídicos possam continuar (as práticas também são contestadas nos Estados Unidos e na Ásia), não põem em causa a solidez do modelo de negócio. Além de ter um fluxo de caixa confortável de quase 125 mil milhões de dólares, a Alphabet continua a dominar o mercado da publicidade online, como evidenciado pelo nível recorde dos últimos resultados trimestrais. Ver conselho.
Intel
O grupo foi penalizado por rumores de um adiamento do IPO da Mobileye. A subsidiária ativa na condução autónoma estará avaliada apenas em 30 mil milhões de dólares, contra o valor de 50 mil milhões que circulava há alguns meses. Uma nova pedra no sapato da Intel. Atualmente, as ações estão baratas, mas é necessária prudência. Ver conselho.
Kion
Depois de abandonar os objetivos de lucros em abril, a Kion revelou metas muito dececionantes para o terceiro trimestre e 2022. Para o trimestre em curso, espera uma estagnação das receitas, uma perda operacional e uma queda acentuada das encomendas, que tinham aumentado 15% no segundo trimestre.
O grupo explica as dificuldades com o aumento dos custos e as perturbações na cadeia de abastecimento. Continua a apontar para uma margem operacional de dois dígitos, mas sem correr o risco de fixar um prazo. Esta fraqueza é temporária e a Kion tem trunfos para ter sucesso a longo prazo. Ver conselho.
Orange
A cotação da operadora francesa de telecomunicações está a valorizar desde o início do ano. A Orange beneficia principalmente do movimento de rotação setorial: abandono das ações de crescimento em favor de ações mais defensivas, como as telecomunicações. De facto, a nível operacional, não há nada de muito entusiasmante. No primeiro semestre, numa base comparável, as receitas e lucros operacionais ficaram praticamente inalterados e os objetivos para 2022 foram confirmados. E, a médio prazo, é de temer que, se a elevada inflação ficar associada a um abrandamento económico, a Orange, cuja oferta está bastante orientada para a qualidade, corre o risco de perder subscritores para concorrentes mais baratos. Para reduzir este impacto, o grupo tem feito, nos últimos meses, aquisições.
Em Espanha (11% do volume de negócios), está em curso um projeto de fusão com a quarta maior operadora, a Masmovil, destinado a reduzir a intensidade da concorrência e os custos. Na Bélgica (3% do volume de negócios), através da sua subsidiária Orange Belgium, está prestes a ficar com o operador de cabo, Voo, e enriquecer a oferta enquanto a chegada de um quarto operador móvel ameaça a sua posição. Apesar destes investimentos, o elevado dividendo, principal desta ação, não parece estar em causa. Esperamos lucros por ação de 1,07 euros em 2022 e 1,12 euros em 2023. Ver conselho.
UBS
O grupo suíço planeia aumentar o dividendo em 10% este ano para 0,55 dólares e comprar mais ações próprias do que inicialmente previsto. Um sinal positivo para os acionistas. Ver conselho.
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