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Em destaque: Mercedes, Meta, Microsoft, Pfizer, Solvay, Teva, Toromont
Há 8 meses - 1 de agosto de 2022Mercedes
Apesar de uma perspetiva económica desfavorável, a Mercedes reviu ligeiramente em alta a sua previsão anual após um bom segundo trimestre. Para o negócio automóvel (83% das vendas), espera agora uma margem operacional entre 12 e 14%, (11,5% a 13% anteriormente).
Ao focar-se nos veículos de maior valor acrescentado, a Mercedes-Benz consegue defender as margens. Um trunfo reconfortante numa conjuntura económica menos promissora. Ver conselho.
Meta
A dona do Facebook reportou uma quebra de receitas trimestrais de 1% para 28,8 mil milhões de dólares, em linha com as suas expectativas e as do mercado. Mas o abrandamento do mercado publicitário online ainda não terminou e poderá mesmo acentuar-se nos próximos trimestres.
Portanto, a Meta está cautelosa. Pela nossa parte, reduzimos a estimativa de lucro por ação para 10,7 dólares em 2022 e 12 em 2023. À cotação atual, a valorização não é elevada (15 vezes o lucro estimado em 2022), mas preferimos ser cautelosos. Ver conselho.
Microsoft
O gigante do software e da computação em nuvem (cloud) reportou os resultados de 2021/22 (encerram a 30/06) ligeiramente abaixo das expectativas. Um dólar forte e problemas de fornecimento limitaram o aumento das receitas (+18%) e dos lucros por ação (16%).
No último trimestre o declínio das vendas de PC penalizou as vendas do sistema operativo Windows e do Office, mas as receitas da cloud (48% das vendas) subiram 28% em termos homólogos. Esta atividade beneficia da digitalização e da necessidade de as empresas reduzirem os seus custos informáticos.
O aumento de 35% nas encomendas, face ao último trimestre de 2020/21, é um bom augúrio para a continuação da dinâmica atual e de mais ganhos de quota de mercado. Para o exercício de 2022/23, a Microsoft espera que a receita e os lucros operacionais aumentem mais de 10%, em linha com as nossas expectativas.
Assim, mantemos a previsão de lucros por ação de 11 dólares em 2022/23 e de 11,9 em 2023/24.
As metas foram bem recebidas pelos investidores. A Microsoft não resiste apenas à desaceleração económica global. As suas soluções cloud permitem às empresas reduzir os custos e, ao mesmo tempo, manterem-se atualizadas ao nível das tecnologias de informação. Ver conselho.
Pfizer
A farmacêutica superou as expectativas no segundo trimestre graças à vacina Comirnaty para a covid e ao sucesso do Paxlovid, tratamento da covid, cujas vendas atingiram 8,1 mil milhões de dólares (apenas 216 milhões no primeiro trimestre).
Duas novas vacinas de reforço contra a covid estarão prontas no início do outono. Infelizmente, devido à força do dólar, a Pfizer apenas manteve as suas previsões para 2022. A ação permanece atrativa. Ver conselho.
Solvay
As receitas aumentaram 41,5% e o EBITDA 43,4%, muito acima das estimativas médias dos analistas. A Solvay está a recolher os frutos do plano de corte de custos 2020-2024 e os volumes de vendas (+6%) beneficiaram de uma procura dinâmica em todos os seus mercados (automóvel, aeroespacial, bens de consumo, eletrónica, etc.).
Beneficiou igualmente de efeitos cambiais positivos. Mas, acima de tudo, a Solvay é líder em muitas das suas atividades e oferece soluções únicas e críticas, sendo capaz de repercutir a inflação dos custos (matérias-primas, pessoal) nos seus preços de venda.
O aumento das receitas trimestrais (excluindo alienações e aquisições) é atribuível em 80% ao aumento dos preços de venda. Graças a todos estes elementos, a Solvay pode manter as margens e até aumentá-las um pouco (em 2021 já estavam acima do nível pré-pandemia).
As três divisões do grupo (materiais, produtos químicos e soluções) voltaram a contribuir positivamente para o resultado trimestral. No entanto, face à deterioração da situação económica, é provável que os números do segundo semestre sejam mais moderados e o aumento dos preços de venda acabará por pesar na procura.
Esperamos um lucro de 12,39 euros por ação em 2022. Ver conselho.
Teva
Os mercados receberam bem o acordo da Teva para resolver os processos judiciais sobre o seu papel na crise dos opioides nos EUA. Com os casos já resolvidos, esta crise terá custado pouco mais de 4 mil milhões de dólares.
Este anúncio ofuscou os resultados que superaram as expectativas no segundo trimestre. Ainda assim, a Teva voltou aos prejuízos devido a imparidades e custos com o litígio. Se o acordo legal (que ainda não foi assinado) é um alívio, o grupo permanece endividado e com dificuldades de crescimento. Ver conselho.
Toromont
O posicionamento certo nos setores dinâmicos da mineração e da construção e o controlo de custos permitiu que a Toromont (grandes máquinas industriais) registasse um lucro trimestral acima do esperado.
Mesmo que a economia canadiana abrande em 2022 e 2023, o crescimento continuará a ser bom e a Toromont poderá melhorar os resultados. Interessante para se expor à economia do Canadá. Ver conselho.
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