Em destaque: IBM, Lockheed, Roche

IBM

A IBM reportou resultados trimestrais em linha com as nossas expectativas. O grupo indica que a procura pelos seus produtos e serviços continua forte e reitera a previsão de um aumento de cerca de 6% das receitas de 2022 (em efeitos cambiais).

Porém, devido à valorização do dólar face à maioria das outras moedas, espera-se que as receitas se mantenham estáveis numa base comparável, ou seja, tendo em conta a cisão da Kyndryl em 2021.

O dinheiro gerado também será um pouco mais baixo do que o esperado. Mantemos as nossas estimativas de lucros para 2022 e 2023 e o nosso conselho. À cotação atual, as ações parecem ser devidamente valorizadas. Ver conselho.

Lockheed Martin

Problemas na cadeia de produção e atrasos na venda de aviões F-35 ao governo dos EUA levaram a Lockheed Martin a reduzir a meta de receitas para 2022.

O anúncio poderia ter dececionado, mas os investidores ficaram tranquilos com a manutenção da previsão de lucro operacional e de cash flow.

O grupo ainda não está a receber os frutos do aumento dos orçamentos da defesa como resposta à perceção de novas ameaças (Rússia, China, etc.). Normal num setor com ciclos lentos. Ver conselho.

Roche

O primeiro semestre ficou acima das expectativas. As vendas da Roche aumentaram 5% (excluindo efeitos cambiais) suportadas pelos produtos covid (tratamento e teste).

Porém, espera uma queda acentuada na segunda metade do ano, pelo que se limitou a manter as perspetivas de vendas para 2022.

O impacto dos biossimilares está a diminuir, mas continua a penalizar o negócio de medicamentos sujeitos a receita médica (vendas + 3%). Por fim, a Roche mudará de líder em março de 2023, mas não é esperada uma mudança de estratégia. Ver conselho.