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Em destaque: EUROAPI, GSK, Mercedes, Sage Group, TotalEnergies
Há 9 meses - 21 de junho de 2022EUROAPI
A EUROAPI é a subsidiária especializada em ingredientes ativos que a Sanofi colocou em bolsa (6 de maio). Os princípios ativos (Active Pharmaceutical Ingredients - API) são as substâncias de um fármaco com efeito terapêutico. A EUROAPI comercializa cerca de 200 API para mais de 500 clientes (grandes farmacêuticas, fabricantes de genéricos, biotechs, entre outros).
As suas atividades estão agrupadas em duas divisões. A API Solutions (75% das vendas) inclui API produzidas e distribuídas sem exclusividade. A CDMO (Contract Development and Manufacturing Organization; 25% das vendas) agrupa API vendidas a um único cliente.
Com seis locais de produção na Europa tranquiliza os clientes e beneficia da vontade dos Estados em deslocalizar a produção de API estratégicas. Outra vantagem é que o grupo não está endividado e pode financiar o crescimento no fragmentado mercado de API.
No entanto, enfrenta desafios. Primeiro, reduzir a dependência da Sanofi (46% das vendas). Segundo, reforçar a divisão de CDMO que tem margens superiores. Estimamos lucros por ação de 0,6 euros em 2022 e 0,76 em 2023. Não pagará dividendo antes de 2025.
A EUROAPI está a iniciar uma transformação para expandir a carteira de clientes e melhorar as margens. As ações não estão caras e são interessantes para quem procura títulos defensivos para a carteira. Vamos passar a acompanhar esta ação. Ver conselho da EUROAPI.
GSK
A GSK vai cotar em bolsa a Haleon, uma joint venture da GSK (68%) e da Pfizer (32%), sendo a operação sujeita à aprovação dos acionistas a 6 de julho. O grupo Haleon será negociado em Londres (código ISIN: GB00BMX86B70) e Nova Iorque (ADR). A primeira cotação está marcada para 18 de julho. Os acionistas da GSK receberão 1 ação da Haleon por cada ação da GSK detida.
Esta distribuição não altera o número de ações que tenha da GSK mas a cotação vai descer porque deixará de incluir o valor das atividades da Haleon. A GSK pode agora focar-se nos medicamentos com prescrição e vacina.
A Haleon passa a ser o único protagonista na saúde para o grande público, um negócio mais previsível e menos arriscado do que os medicamentos sujeitos a receita mas bem menos rentável. E o primeiro desafio é gerir a dívida. Ver conselho da GSK.
Mercedes
Sob o impulso da emblemática Classe S e das marcas Maybach e AMG, o construtor germânico quer, nos próximos anos, aumentar em 60% as vendas de carros de luxo (com custo acima de 100 mil euros) até 2026 (em 2019 vendeu cerca de 250 mil unidades; 11% do total).
Ao mesmo tempo, o nível de entrada (Classe A e Classe B) será racionalizado (4 modelos em vez de 7) e “puxado para cima” oferecendo mais tecnologias a bordo.
O objetivo é aumentar o preço médio de venda e gerar margens de lucro mais elevadas e resistentes. Assim, se houver condições favoráveis, a Mercedes pretende, até 2025, melhorar a margem operacional da divisão automóvel para 14% (anterior recorde de 12,7% em 2021 e 6,9% em 2019). Em caso de conjuntura desfavorável, a margem não deverá ficar abaixo dos 8%.
A Mercedes quer, por isso, continuar a dinâmica dos últimos meses, onde tem beneficiado da forte procura dos carros de luxo e do aumento dos preços. Assim, mantemos as estimativas de lucros por ação em 10 euros para 2022 e 10,50 euros para 2023.
Mesmo que o sucesso não esteja garantido, a Mercedes está bem posicionada para levar a cabo a sua estratégia que visa registar resultados sólidos mesmo quando o ambiente económico se deteriora. Ver conselho da Mercedes.
Sage Group
O especialista britânico em software para pequenas e médias empresas continua a executar bem a sua estratégia. O objetivo principal é adquirir novos clientes e retê-los. E o grupo não está a desiludir já que no primeiro semestre do exercício de 2021/2022, a Sage apresentou bons números com um crescimento orgânico de 8% da receita graças, mais uma vez, à sua oferta na cloud (+21%). E as receitas recorrentes representam agora 93,5% do total contra 90,7% no período anterior.
Por outro lado, o grupo registou uma queda de 13% no cash flow, o que comprova que há ainda muito trabalho por fazer para transformar a atividade em dinheiro. A administração mantém o objetivo anual de crescimento da receita no intervalo de +8% a +9%. Porém, a desaceleração económica é suscetível de levar as empresas a investir menos em software. Portanto, a segunda metade do ano poderá revelar-se mais desafiante para a Sage.
A cotação cai 28% desde o início do ano, apesar da boa execução da estratégia. Com base nas nossas novas estimativas, as ações estão a negociar a 21 vezes os lucros previstos para o exercício de 2022/2023, abaixo do nível dos últimos anos. Mas dada a conjuntura deve ser prudente. Ver conselho da Sage.
TotalEnergies
A petrolífera vai participar no desenvolvimento de um grande projeto de produção de GNL no Qatar a partir de 2026 com uma produção de 32 milhões de toneladas por ano.
Recentemente saída do GNL russo, a TotalEnergies assina um acordo que a reposiciona neste mercado em crescimento (transição energética, embargo ao petróleo russo). Não há um impacto imediato deste acordo nos resultados. Além disso, a TotalEnergies vai assumir 25% de uma joint venture na Índia dedicada à produção de hidrogénio verde. Ver conselho da TotalEnergies.
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