Em destaque: Aegon, Airbus, bpost, PostNL

Aegon

A seguradora Aegon apresentou um balanço sólido no final de 1.º trimestre e uma boa geração de liquidez graças ao crescimento e à venda das suas atividades na Hungria. Anunciou ainda um pequeno programa de compra de ações próprias. Ver conselho.

Airbus

A empresa aproveitou os bons resultados trimestrais para confirmar o seu objetivo de aumentar a taxa de produção do A320 para 75 aeronaves por mês em 2025 (40 durante a pandemia).

Um objetivo que parece difícil de alcançar, tendo em conta os atuais desafios logísticos e a frágil saúde de muitas companhias aéreas que lutam para tornar o negócio rentável (concorrência das low cost, aumento dos custos, incluindo o jet fuel).

Apesar de a cotação da Airbus ter recuado desde o início do ano, os mercados continuam demasiado otimistas em relação às perspetivas de médio e longo prazo do grupo. Ver conselho.

bpost

O grupo postal belga registou um lucro operacional de 93 milhões de euros no primeiro trimestre. Um resultado em linha com as expectativas e que permite confirmar a sua previsão anual de lucro operacional entre 280 e 310 milhões de euros.

No entanto, advertiu que o resto do ano poderia ser mais difícil devido às pressões inflacionistas sobre a procura e os custos. Nesta fase, o custo adicional poderá chegar aos 40 milhões de euros e a cotação reagiu mal a este anúncio.

Reduzimos as nossas previsões de lucros por ação para 0,90 euros em 2022 (antes 1 euro) e 0,95 euros em 2023 (antes 1,05 euros), mas a queda cotação foi exagerada.

Ao nível atual, as ações permanecem baratas (negoceiam 6 vezes os lucros estimados em 2022) e o grupo tem um balanço sólido (dívida baixa). Ver conselho.

PostNL

O grupo postal holandês reviu em baixa as previsões para 2022, tal como a sua concorrente bpost. Espera agora um lucro operacional de 170 a 210 milhões de euros (antes, 210 a 240). Por um lado, a deterioração das perspetivas económicas (especialmente a guerra na Ucrânia) está a pesar sobre os volumes de encomendas.

Embora ainda tenham crescido 3,9% no primeiro trimestre de 2022, a direção espera agora que estabilizem no computo do ano, em comparação com o crescimento de 3 a 5% anteriormente estimado.

Por outro lado, tal como os seus concorrentes, a PostNL está a sofrer uma inflação de custos (combustível, pessoal) que é difícil de passar para os clientes, uma vez que a procura é atualmente afetada pelo declínio do poder de compra e pelo regresso das compras nas lojas físicas.

Embora estejamos a reduzir as nossas previsões de lucros por ação (para 0,25 euros para este ano e 0,28 euros para 2023), este fraco desempenho é apenas temporário e não põe em causa, na nossa opinião, as perspetivas a longo prazo do grupo que continua bem posicionado para beneficiar do crescimento das vendas online.

A PostNL é uma das empresas mais avançadas do setor na transição para o comércio eletrónico e serviços logísticos (70% do volume de negócios), o que deverá apoiar os resultados nos anos vindouros. Ver conselho.