Resultados centram atenções em Lisboa
A bolsa de Lisboa fechou com ganhos ligeiros de 0,8% numa semana marcada pela divulgação de resultados das empresas nacionais, que globalmente foram positivos, embora com algumas deceções pelo meio. Foi o caso sobretudo da Inapa (-2,3%), que registou prejuízos inesperados, mas também da Semapa (+5,1%), cujo lucro até setembro caiu 17,7%, mais do que o previsto.Pela positiva, realce para as subidas dos lucros muito superiores ao esperado da EDP Renováveis (+5,5%) e da Altri (+1,6%). No caso do BPI (-1,3%), os resultados também superaram as previsões. Já a Galp (-0,2%) e a Portucel (+1,6%) tiveram fortes desempenhos da sua atividade, embora o lucro líquido tenha sido um pouco afetado por fatores não recorrentes.
Por sua vez, a EDP (-1,3%) divulgou uma queda ligeira dos resultados mas em linha com o previsto. Por fim, a Impresa (-2,5%) e a Cofina (+0,2%) registaram descidas mais acentuadas dos lucros, mas também sem surpresas.
Nota final para a Pharol (+13,9%) que liderou os ganhos após a Oi anunciar que vai negociar um eventual processo de consolidação com a TIM no Brasil.
Fed mantém hipótese de subir os juros em 2015
O “anúncio” feito pela Reserva Federal norte-americana (Fed) de que as taxas de juro poderão começar a subir já em dezembro nos EUA não se materializou em variações muito acentuadas nos índices bolsistas, que fecharam a semana passada sem uma tendência claramente definida.Nesta altura, os investidores estão focados sobretudo na divulgação dos resultados trimestrais das empresas de um lado e do outro do Atlântico. Assim, o S&P 500 ganhou uns ligeiros 0,2%, ao passo que o Stoxx Europe 50 recuou 0,7%, penalizado principalmente pelas desvalorizações das praças de Milão (-1,3%) e Madrid (-1,1%). Por sua vez, Londres também fechou no vermelho, ao cair 1,3%.
Banca em queda e farmacêuticas em alta
O setor bancário europeu (-2,6%) voltou a destacar-se pela negativa depois da publicação de resultados dececionantes por parte do Barclays (-7,7%) e do Deutsche Bank (-8,8%). O BNP Paribas (-1,2%) saiu-se melhor mas as perspetivas para o trimestre atual não são brilhantes.Ao invés, o setor farmacêutico subiu 2%. As empresas divulgaram resultados globalmente superiores ao previsto, já que os efeitos da perda de patentes começam a diluir-se. Laboratórios como a Merck (+3,4%), Eli Lilly (+4,2%), Pfizer (-0,7%) e Teva (-0,6%) aumentaram o intervalo das previsões de resultados. Porém, os custos relacionados com a aquisição da Hospira pesaram nos lucros por ação (-20%) da Pfizer, que confirmou também estar em negociações para adquirir a Allergan. Por sua vez, a GlaxoSmithKline (+2,6%), apesar de ter obtido bons resultados devido à forte procura de tratamentos contra a sida e de vacinas contra a gripe, apenas confirmou as previsões. Pela negativa, a Novartis (-0,6%) foi penalizada pelo fraco desempenho na oftalmologia e por despesas de contencioso e a Sanofi (-0,6%) prevê um declínio das vendas na divisão da diabetes até 2018.
Bolsas
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Lisboa
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+0,8%
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Nasdaq
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+0,4%
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Frankfurt
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+0,5%
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Nova Iorque
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+0,2%
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Londres
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-1,3%
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Paris
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-0,5%
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Madrid
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-1,1%
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Tóquio
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+1,4%
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Milão
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-1,3%
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Zurique
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+0,3%
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Ações
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Pharol
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+13,9%
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Martifer
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-4,0%
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EDP Renováveis
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+5,5%
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Sonae
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-3,3%
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Semapa
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+5,1%
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Impresa
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-2,5%
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Mota-Engil
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+4,4%
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Inapa
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-2,3%
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Banif
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+3,6%
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Glintt
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-1,7%
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Variação das cotações entre 23/10 e 30/10, em moeda local
Maiores subidas/descidas dos títulos nacionais seguidos na PROTESTE INVESTE