Madrid e Lisboa em evidência
Numa semana muito positiva para os mercados acionistas, as bolsas ibéricas lideraram os ganhos entre as principais praças mundiais, com Lisboa a subir 5,8% e a elevar a valorização desde o início do ano para os 15%.A liderar os ganhos esteve a Pharol (+27,6%), após anunciar que quer avançar com um programa de compra de ações próprias (equivalente a 7,7% do capital). A empresa beneficiou ainda de rumores sobre uma eventual fusão da Oi com a TIM no mercado brasileiro.
Seguiu-se a Mota-Engil (+21,6%) que divulgou que irá retirar de bolsa a Mota-Engil Africa através de uma oferta de aquisição financiada por um aumento de capital.
Setor bancário em alta
A contribuir para o bom desempenho do índice PSI-20 esteve igualmente a banca. O BCP subiu 20,3% na semana em que anunciou que irá trocar os 50,1% que detém no Banco Millennium Angola, por cerca de 20% da nova instituição resultante da fusão da sua filial angolana com o Banco Privado Atlântico. Por sua vez, o BPI também registou uma subida expressiva de 11,5%.Nota final para a valorização de 8% da Galp, que aproveitou a recuperação do preço do petróleo. Já esta segunda-feira, a petrolífera anunciou um aumento de 42% da produção de ouro negro no terceiro trimestre.
Forte subida das bolsas sobretudo na Europa
"Finalmente uma semana positiva" é o que terão pensado os investidores depois de várias semanas de quedas nas principais bolsas mundiais. As praças europeias (+4,2%), com destaque para Madrid (+7,3%), Lisboa (+5,8%) e Frankfurt (+5,7%), e americanas (S&P 500: +3,3% e Nasdaq: +2,6%) recuperaram de forma significativa na semana passada, beneficiando da persistência das políticas monetárias dos principais bancos centrais que, ao manterem as taxas de juro baixas e os programas de compra de ativos, estimulam o investimento em ações.Se a manutenção das baixas taxas de juro na Europa não sofre qualquer discussão, os últimos indicadores económicos publicados nos Estados Unidos parecem indicar que a Reserva Federal norte-americana irá esperar mais algum tempo antes de aumentar o preço do dinheiro.
Ações cíclicas lideram ganhos
Os investidores voltaram-se novamente para as ações cíclicas, mais sensíveis à evolução da atividade económica, já que tinham sido também as mais penalizadas nas últimas semanas. Assim, o setor automóvel valorizou 11,2%, as empresas de matérias-primas ganharam 14,4%, as empresas do setor do aço subiram 10,8% e as petrolíferas ganharam 9,8%, beneficiando também da forte recuperação do preço do petróleo (+12,4%).Por sua vez, o setor bancário valorizou 5%, apesar do aviso sobre os lucros do Deutsche Bank (+6,9%) e do anúncio surpresa de um aumento de capital por parte do Credit Suisse (+0,7%). Nota final para o suíço UBS (+3,5%; texto na pág. 8), que passou a merecer conselho de compra.
Bolsas
|
|||
Lisboa
|
+5,8%
|
Nasdaq
|
+2,6%
|
Frankfurt
|
+5,7%
|
Nova Iorque
|
+3,3%
|
Londres
|
+4,7%
|
Paris
|
+5,4%
|
Madrid
|
+7,4%
|
Tóquio
|
+4,0%
|
Milão
|
+4,0%
|
Zurique
|
+1,9%
|
Ações
|
|||
Pharol
|
+27,6%
|
Luz saúde
|
-2,8%
|
Mota-Engil
|
+21,6%
|
Ibersol
|
-2,2%
|
BCP
|
+20,3%
|
Glintt
|
-0,9%
|
Impresa
|
+12,8%
|
Sonaecom
|
-0,9%
|
BPI
|
+11,5%
|
NOS
|
-0,5%
|
Variação das cotações entre 02/10 e 09/10, em moeda local
Maiores subidas/descidas dos títulos nacionais seguidos na PROTESTE INVESTE