Lisboa sobe mas pouco
A bolsa nacional acompanhou a tendência positiva das congéneres mundiais na semana passada, mas foi a que menos subiu, com um ganho de apenas 0,6%.A penalizar o índice PSI-20 esteve sobretudo o BCP, que recuou 7,2% nas vésperas das eleições legislativas na Polónia, mercado onde o banco poderá ser penalizado por um aumento de impostos para a banca defendido pelo partido que acabou por vencer as eleições. A liderar as perdas esteve o Banif, que desceu 22,2%.
Do lado dos ganhos, realce para outro banco, o BPI (+5,8%), com o seu principal acionista, o CaixaBank, a apoiar a cisão para separar os ativos angolanos do grupo.
Em grande evidência, continua a setor da pasta e do papel. Assim, a Altri liderou os ganhos, ao subir mais 6,3%, ao passo que a Portucel valorizou 3,7%. Pela positiva, nota também para a Mota-Engil (+3,5%), que anunciou já após o fecho de mercado na sexta-feira que chegou a acordo para construir e explorar centrais de produção de energia elétrica no México, que lhe darão a liderança na abertura do mercado elétrico daquele país.
Nota final para a Pharol (-1,5%), que está a ganhar mais de 10% esta segunda-feira, depois de ser conhecida uma proposta com vista à fusão entre a Oi (detida em 27,2% pela Pharol) e a TIM no mercado de telecomunicações brasileiro.
Bancos centrais ajudam mercados
A intenção do Banco Central Europeu (BCE) de reforçar a sua atual política monetária (baixas taxas de juro, prolongamento ou reforço dos programas de compra de ativos) impulsionou as bolsas no final da semana passada e levou ao declínio da moeda única face ao dólar (-3%), para a casa dos 1,10 dólares.Por outro lado, a decisão da China, anunciada na sexta-feira, de cortar novamente as taxas de juro de referência, com o objetivo de estimular o crescimento económico do país, também contribuiu para que os mercados acionistas fechassem a semana em alta. Assim, nos Estados Unidos, o S&P 500 ganhou 2,1%, enquanto, na Europa, o Stoxx Europe 50 valorizou 3,5%, com destaque sobretudo para as fortes subidas de Frankfurt (+6,8%) e Paris (+4,7%).
Tecnológico novamente em destaque
A nível setorial, destaque para a valorização de 3% do índice tecnológico americano Nasdaq, beneficiando das subidas de títulos como a Alphabet (ex-Google: +6%) e a Texas Instruments (+12,2%). O setor de semicondutores ganhou 6,9% e as empresas de equipamento eletrónico valorizaram em média 6,7%.Por sua vez, o setor bancário europeu (+1,6%) teve uma subida mais modesta, penalizado pela divulgação de alguns resultados pouco encorajadores, como foi o caso da Nordea (+1,3%), e pelo plano de restruturação do Credit Suisse (-1,2%) que não foi considerado suficientemente dinâmico. Neste setor, recomendamos a compra do suíço UBS (+3%), do britânico Barclays Bank (+0,2%) e dos portugueses BPI e BCP.
Bolsas
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Lisboa
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+0,6%
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Nasdaq
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+3,0%
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Frankfurt
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+6,8%
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Nova Iorque
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+2,1%
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Londres
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+1,0%
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Paris
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+4,7%
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Madrid
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+2,4%
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Tóquio
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+2,9%
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Milão
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+1,8%
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Zurique
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+2,2%
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Ações
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Altri
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+6,3%
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Banif
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-22,2%
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BPI
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+5,8%
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BCP
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-7,2%
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Ibersol
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+4,6%
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Impresa
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-6,8%
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Portucel
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+3,7%
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Sonae Indústria
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-6,2%
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Mota-Engil
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+3,5%
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Inapa
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-3,0%
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Variação das cotações entre 16/10 e 23/10, em moeda local
Maiores subidas/descidas dos títulos nacionais seguidos na PROTESTE INVESTE