Lisboa cede 0,6%
A bolsa nacional não escapou ilesa ao impasse que marca as negociações entre a Grécia e os seus credores e o principal índice, o PSI-20, registou uma descida de 0,6%. No plano interno, um dos assuntos que marcou a agenda foi a conclusão da venda das ações da PT Portugal pela Oi à Altice, uma operação que atingiu os 5,789 mil milhões de euros. Por sua vez, e dando seguimento às deliberações tomadas na assembleia-geral de acionistas a 29 de maio, a Portugal Telecom SGPS passou a designar-se PHAROL SGPS. Em bolsa, o título passou a negociar com o código PHR.
Nos mais e menos da semana, a Martifer liderou as perdas ao recuar 16,2%, corrigindo parte dos ganhos alcançados na semana anterior após ter garantido novas encomendas para os estaleiros de Viana do Castelo. A PHAROL (ex - Portugal Telecom) evoluiu igualmente em baixa (-5,8%) afetada ainda pelos elevados prejuízos que apresentou no trimestre). Já a Portucel voltou a fechar no vermelho (-4%) na semana em que concluiu a compra da AMS BR Star Paper pela sua subsidiária About Balance S.A. Aos níveis atuais, a nossa recomendação para a Portucel é manter.
Pela positiva, realce para a subida de 2,9% do Banif que concluiu a venda da sua unidade de crédito especializado automóvel à Cofidis, numa transação de 400 milhões de euros. Destaque também para o BCP que avançou 2%.
Montanha russa nas bolsas
Ao deixar claro aos investidores que as taxas de juro a longo prazo estariam a um nível anormalmente baixo e ao mostrar-se mais otimista sobre a inflação, o presidente do Banco Central Europeu abalou os mercados. As taxas de juro a longo prazo subiram rapidamente e o euro apreciou-se em relação ao dólar superando a fasquia dos 1,11 euros.
De resto, as bolsas continuaram a ser pressionadas pela situação na Grécia, após o governo helénico ter solicitado ao FMI que todos os reembolsos, planeados em junho, fossem realizados num pagamento único no final deste mês.
O Stoxx Europe 50 cedeu 2,8%, enquanto a bolsa de Frankfurt caiu 1,9%, a de Paris cedeu 1,7% e a de Madrid recuou 1,4%. Do outro lado do Atlântico, o S&P 500 desvalorizou 0,7%.
Maré vermelha
O balanço semanal foi desfavorável para todos os setores de atividade. No petrolífero (-2,8%), a OPEP, reunida em Viena, não parece capaz de assegurar uma subida rápida do preço do barril de petróleo. Com efeito, a Arábia Saudita, líder informal do cartel, não deseja modificar a sua política atual. Esta situação vem, aliás, sustentar a nossa estimativa de que o preço do barril de petróleo não vai atingir os 90 dólares a médio prazo.
Outro setor que evoluiu em baixa foi o dos semicondutores (-4,8%), após ter resistido às quedas na última semana. Nota final para o setor de serviços públicos que caiu 4,2% penalizado pela subida das taxas de juro de longo prazo.
Bolsas
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Lisboa
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-0,6%
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Nasdaq
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0,0%
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Frankfurt
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-1,9%
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Nova Iorque
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-0,7%
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Londres
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-2,6%
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Paris
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-1,7%
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Madrid
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-1,4%
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Tóquio
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-0,5%
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Milão
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-2,8%
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Zurique
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-1,4%
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Ações nacionais
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Banif
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+2,9%
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Martifer
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-16,2%
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BCP
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+2,0%
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Sonae Indústria
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-6,3%
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NOS
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+1,5%
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PHAROL (ex-PT)
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-5,8%
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Inapa
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+1,3%
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Corticeira
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-5,3%
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Sonae Capital
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+1,1%
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Portucel
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-4,0%
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