Lisboa liderou os ganhos
A bolsa nacional não só seguiu a tendência positiva das suas congéneres mundiais, como liderou mesmo os ganhos entre as principais praças do globo, com um ganho semanal de 4,3%. Desde o início do ano, o índice PSI-20 acumula uma expressiva valorização de 24,8%.A liderar os ganhos esteve a Galp Energia (+10,2%) que, apesar da descida de 1,1% do preço do petróleo, recuperou das quedas registadas na semana anterior. Aliás, o setor energético nacional teve uma semana muito positiva, com a EDP e a EDP Renováveis a subirem 3,2 e 2%, respetivamente, e a REN a ganhar 1,4%, depois de apresentar uma queda de 7% dos lucros em 2014, um valor em linha com as nossas previsões.
O setor da distribuição também esteve em evidência, a beneficiar da melhoria das perspetivas de crescimento da economia nacional. Assim, a Jerónimo Martins subiu 8% e a Sonae valorizou 2,4%. Seguindo a tendência do exterior, a banca fechou positiva, com o BPI e o BCP a ganharem 2,8 e 1,5%, respetivamente.
Em contra ciclo com o mercado, a Portugal Telecom perdeu 9,1%, embora sem notícias relevantes.
Bolsas em alta à boleia da Fed
A Reserva Federal norte-americana (Fed) confirmou que irá manter a sua política monetária, pelo que irá aumentar as taxas de juros americanas nos próximos meses mas com muita cautela. A normalização muito gradual da política monetária vai ter em conta o ligeiro abrandamento do crescimento económico registado nos últimos meses. A Fed quer evitar uma subida rápida das taxas de juro de longo prazo, o que aumentaria o custo de financiamento das empresas, limitaria as condições de crédito dos particulares e penalizaria o crescimento dos EUA.Estes comentários foram bem recebidos pelos mercados, que não excluíam completamente uma subida mais rápida das taxas de juro. Assim, o S&P 500 ganhou 2,7% na semana e o Nasdaq valorizou 3,2% e atingiu um novo máximo histórico.
Na Europa, as bolsas também fecharam em alta, com o Stoxx Europe 50 a subir 2,7%. Para além de Lisboa (+4,3%), que liderou os ganhos, destaque igualmente para a forte subida de 4,2% da praça londrina e para a valorização de 3,5% de Madrid.
Euro recupera um pouco
Após ter atingido sucessivos mínimos desde 2003, o euro recuperou um pouco em relação ao dólar na semana passada, o que acabou por penalizar algumas empresas exportadoras, como a Daimler (-1,4%), a LVMH (-1,2%) ou a Airbus (-3,4%).Contrariando o sentimento positivo da grande maioria dos setores, os construtores automóveis fecharam no vermelho, com uma queda semanal de 0,9%. A tomada de mais-valias e as perspetivas cautelosas avançadas pela BMW (-2,6%) estiveram na origem deste desempenho negativo. Em sentido inverso, os bancos e as seguradoras europeias ganharam 2,4 e 2,7%, respetivamente.
Bolsas | |||
Lisboa | +4,3% | Nasdaq | +3,2% |
Frankfurt | +1,2% | Nova Iorque | +2,7% |
Londres | +4,2% | Paris | +2,5% |
Madrid | +3,5% | Tóquio | +1,6% |
Milão | +2,0% | Zurique | +2,6% |
Ações | |||
Galp Energia | +10,2% | Glintt | -9,8% |
Altri | +9,3% | Portugal Telecom | -9,1% |
Jerónimo Martins | +8,0% | Teixeira Duarte | -5,9% |
NOS | +7,1% | Impresa | -5,6% |
Cofina | +5,1% | Martifer | -5,4% |
Variação das cotações entre 13/03 e 20/03, em moeda local
Maiores subidas/descidas dos títulos nacionais seguidos na PROTESTE INVESTE