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Rui
Ribeiro
Especialista em Corporate Governance pelo ISCTE.
Analista financeiro independente registado na CMVM.
Licenciado em Economia pelo ISEG.
Avaliação a pedido: que fazer às ações da Pharol?
Há 4 anos - 11 de fevereiro de 2019
Rui
Ribeiro
Especialista em Corporate Governance pelo ISCTE.
Analista financeiro independente registado na CMVM.
Licenciado em Economia pelo ISEG.
Acordo com a Oi
Depois de muitos avanços e recuos, a Pharol e a Oi chegaram a acordo, no início de 2019, para por fim a todos os litígios judiciais e extrajudiciais entre as duas empresas. As desavenças diziam respeito ao processo de recuperação judicial da operadora brasileira, assente sobretudo em dois aumentos de capital, um para a conversão de créditos em capital e outro para a injeção de dinheiro na companhia.
Após a implementação do acordo e a subscrição deste último aumento de capital, recentemente efetuado pela Oi, a Pharol ficará com 5,5% do capital do grupo brasileiro. Recorde-se que antes de todo este processo, a Pharol detinha 27,2% da Oi, pelo que, como se esperava, viu a sua posição fortemente diluída. Mas ainda é o terceiro maior acionista da operadora.
Apesar de o acordo ser positivo, a reação da cotação não foi muito significativa. Desde que deixámos de acompanhar a Pharol, há cerca de um ano e meio, com recomendação de venda, a cotação já perdeu quase metade do seu valor.
Mantenha-se afastado
Apesar de se manter no índice PSI-20 e de até ser um dos títulos mais negociados na bolsa nacional, isso resulta do elevado free float do título (cerca de 60%) e do reduzido valor da cotação, o que torna a ação um alvo preferencial para os especuladores que procuram fazer trading diário.
Contudo, a Pharol é um título com um risco muito elevado devido à sua forte volatilidade em bolsa e à incerteza quanto à viabilidade da Oi.
Recorde-se que os principais ativos da Pharol continuam a ser a sua participação, agora mais diminuta, na Oi e o crédito, quase irrecuperável, detido sobre a Rio Forte, uma empresa do grupo Espírito Santo. Aliás, nas contas do primeiro semestre de 2018, este crédito, no valor inicial de 897 milhões de euros, já só valia 74,6 milhões. Sem receitas próprias, a Pharol tem acumulado prejuízos e está completamente dependente da recuperação operacional e financeira da Oi. Mantenha-se afastado do título.
Cotação à data de análise: 0,1806 euros
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