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- Em destaque: AB InBev, Facebook/Meta Platforms, Kion, Reckitt, Schneider, Teva
Em destaque: AB InBev, Facebook/Meta Platforms, Kion, Reckitt, Schneider, Teva
Há um ano - 4 de novembro de 2021AB InBev
O aumento das receitas de 7,9%, impulsionado pela recuperação surpresa dos volumes (+3,4%), fez o lucro por ação da AB InBev (excluindo algumas despesas financeiras) subir 5,4% para 0,72 euros, superando o esperado.
A maior cervejeira do mundo está novamente a crescer em comparação com 2019. Além do forte impulso do Brasil, onde as vendas inesperadamente dispararam 15,3%, os clientes consumiram mais incluindo marcas premium (+11,3%) (mais caras e mais rentáveis) e outros produtos além da cerveja.
A rentabilidade operacional melhorou no terceiro trimestre, mas em 28,2% fica aquém de 2019 (31,2%). É cedo para tirar conclusões definitivas deste bom trimestre.
O grupo já desiludiu no passado e terá de contrariar a inflação dos custos. Subsistem áreas de fraqueza, nomeadamente na Ásia e na América do Norte.
A administração mantém-se cautelosa e reviu apenas moderadamente as suas expectativas de lucro operacional para 2021 e este ano volta a não pagar o dividendo intercalar.
O estatuto de líder mundial não protege o grupo da concorrência e os esforços para reduzir dívida limitam a margem de manobra para desenvolver produtos mais resolutamente inovadores.
A AB InBev deu esperança graças ao bom trimestre. Mas terá de prosseguir num contexto de inflação dos custos e de dívida elevada. A cotação beneficiou com os resultados, mas permanece deprimida. Limite-se a manter. Manter.
Facebook/Meta Platforms
A empresa Facebook passou a estar cotada como Meta Platforms. Mark Zuckerberg, que enfrenta muitos problemas éticos e o abrandamento da rede social Facebook, quer abranger melhor todas as atividades, incluindo claro as redes sociais, como o Facebook e Instagram, que mantêm os seus nomes.
Para dar uma nova vida às suas atividades baseadas na Internet, quer criar um "mundo virtual", Metaverso, no qual já não se se moveria fisicamente, mas através de uma representação digital (avatar).
Outras empresas enriqueceriam este mundo com novas possibilidades de consumo (lojas, desporto, jogos), interações (reuniões de trabalho, socialização), etc.
No que pretende ser um novo universo imersivo que combina e-commerce, redes sociais e publicidade, a Meta Platforms espera novas fontes de receita através de publicidade direcionada.
Estão previstos grandes investimentos para financiar esta complexa (e indefinida) tecnologia e torná-la na nova etapa na digitalização.
Não se espera muito impacto positivo deste anúncio. Ao invés, os apelos a uma maior regulação do grupo continuam a ser bem concretos. Manter.
Kion
Os investidores receberam bem os resultados trimestrais. A Kion manteve metas anuais, ordens recorde na gestão de armazéns e confirmou o bom desempenho dos seus mercados.
Aumentamos ligeiramente as nossas estimativas de lucros para 2021 e 2022. A ação regressou aos máximos. Comprar.
Reckitt
Terceiro trimestre acima das expectativas graças a um aumento de 3% nas vendas (excluindo efeitos cambiais e de perímetro) assente nos produtos para a gripe, no desinfetante Lysol e no aumento dos preços.
O mercado está entusiasmado, mas a administração, ao mesmo tempo que eleva ligeiramente o intervalo para as vendas, avisa que o último trimestre será mais fraco. Manter.
Schneider
A cotação beneficiou com a confirmação pela administração dos objetivos de rentabilidade para 2021.
Esta é uma boa notícia até porque que a administração reporta tensões na cadeia de fornecimento.
A Schneider lucra com o dinamismo do mercado residencial e do desenvolvimento de centros de dados. Comprar.
Teva
As vendas caíram 3% (excluindo os efeitos cambiais) ainda penalizadas pela concorrência dos genéricos ao Copaxone, e apesar do bom desempenho do Ajovy (+41%).
Os resultados foram dececionantes, mas a perspetiva confirma-se. Mantenha apenas se quiser especular. Manter.
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