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Em destaque: ACS, Anglo American, Chevron, IAG, Vodafone
Há um ano - 23 de setembro de 2021ACS
As últimas semanas estão a ser positivas em contratos para a Cimic, filial australiana do grupo ACS. À remodelação da autoestrada Warringah, em Sydney, foi adicionada a extensão de um contrato com a entidade gestora de transportes da Nova Gales do Sul. No total, cerca de 1000 milhões de euros acrescem à carteira da ACS. A Austrália é o segundo mercado mais importante da construtora espanhola (quase 20% das receitas no semestre) atrás dos EUA (53%). Manter.
Anglo American
As nossas expectativas para uma segunda metade de ano menos promissora do que o primeiro semestre para a Anglo American estão confirmadas. A queda dos preços dos metais de base, como o cobre e o minério de ferro, está a acentuar-se devido às dúvidas sobre o crescimento económico na China (que absorve cerca de 50% dos minerais).
O país está a reduzir a sua produção de aço (que consome minério de ferro) para conter o nível de poluição. O impacto da possível queda do gigante imobiliário chinês Evergrande na economia local e global alimenta um pouco mais a desconfiança. Estimamos, por isso, que os lucros ganhos por ação desçam 21,6% para 400 pence em 2022, contra 510 pence em 2021.
Apesar da queda dos preços dos metais de base, a Anglo American não vai alterar os seus planos de investimento graças ao sólido balanço e ao bom fluxo de caixa. A longo prazo, as necessidades de metais continuam a ser importantes para permitir a desejada transição energética. Por exemplo, cobre para veículos elétricos, platina para produção de hidrogénio, etc.
As incertezas sobre o crescimento económico estão a abalar o setor dos metais e a atingir a cotação da Anglo American, agora 28% abaixo do máximo de agosto. A ação tem, em parte, em conta a queda dos preços das matérias-primas mas só é recomendável se aceitar um risco acima de média. Comprar.
Chevron
Para responder à pressão dos investidores, a Chevron vai investir 10 mil milhões de dólares até 2028 para reduzir as suas emissões poluentes. Mas a petrolífera não se compromete com números precisos, o que desagrada aos investidores mais militantes da causa ambiental. Outra razão para a indignação é que a Chevron investe muito menos em energias renováveis do que os seus concorrentes europeus, como a Repsol, BP e TotalEnergies. Manter.
IAG
As boas notícias dos EUA fizeram disparar a cotação da companhia aérea hispano -britânica. A IAG valorizou 24% em pouco dias. Este fenómeno deve-se ao anúncio dos EUA irem permitir a entrada de viajantes com a vacinação completa oriundos da União Europeia e do Reino Unido a partir de novembro.
Também a maior flexibilização das restrições s no Reino Unido que, entre outras, abandonou o semáforo das categorias de risco e vai para uma lista de países a vermelho a partir de outubro. Alterações que abrem a comporta das viagens transatlânticas, o ponto forte da British Airways que contribui com mais de 40% das receitas do grupo. Além disso, o CEO do IAG acaba de excluir um aumento de capital para alívio dos investidores.
Apesar desta boa notícia, as ações mantêm um risco elevadas e estão caras mesmo numa perspetiva de longo prazo. Aproveite a recente subida para vender. Iremos deixar de acompanhar esta ação.
Vodafone
O gigante britânico das telecomunicações está a ter dificuldades em reencontrar o interesse dos investidores. O resultado do primeiro trimestre de 2021/22 (fecho anual em 31/03) trouxe alguma satisfação, como um aumento de 5,7% do volume de negócios e uma reduzida taxa de perda se subscritores na Europa. Mas os obstáculos ao desenvolvimento do continuam a ser significativos.
O IPO, em março, da gestora de torres, Vantage Tower, da qual detém 80%, permite esperar uma melhor valorização desta atividade e reduzir a pesada dívida. Mas esta última continua elevada, e reorientada para a Europa, a Vodafone tem de lidar com as fracas perspetivas de crescimento económico e uma regulamentação pouco favorável por parte das autoridades no que diz respeito a um setor das telecomunicações ainda muito fragmentado.
Como consequência, o aumento dos resultados operacionais, segundo o grupo, não deve ultrapassar em média 5% por ano a médio prazo, contribuindo para a debilidade da cotação. Esperamos lucros por ação de 7,4 pence em 2021/22 e 8,1 pence em 2022/23.
Tendo em conta as fracas perspetivas de lucros, o rendimento do dividendo de quase 7% à cotação atual é um dos poucos atrativos da Vodafone. Manter.
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