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Em destaque: Aegon, Kraft Heinz, Schneider e Toromont
Há um ano - 26 de agosto de 2021Aegon
A Aegon não abrandou os esforços na execução do plano de recuperação 2021-2023. E as diligências estão a dar frutos se julgarmos pelos bons resultados do segundo trimestre. A nível operacional, os lucros aumentaram 62% face ao ano passado e 30% em comparação com o primeiro trimestre de 2021. As receitas estão a beneficiar da valorização dos mercados financeiros, que está a gerar mais comissões, e da diminuição dos reembolsos ligados à crise de saúde nos Estados Unidos. Do lado dos custos, foram poupados 220 milhões de euros no primeiro semestre, face a um objetivo de 400 milhões de euros.
Estes bons resultados e a solidez do balanço permitem ao grupo aumentar o dividendo intercalar para 0,08 euros e confirmar a meta de 0,25 euros para 2023. A Aegon continua a recentrar as atividades nos seus três principais mercados: Países Baixos, Reino Unido e Estados Unidos. A Comissão acaba de autorizar a venda de ativos na Europa Central, onde a Aegon estava a ter dificuldades em desenvolver-se.
Graças a uma conjuntura favorável, o grupo continua a fazer progressos no seu processo de reestruturação mas estamos à espera de iniciativas para dinamizar o crescimento. Os números trimestrais atestam a execução bem sucedida da estratégia da Aegon e o impulso dos mercados financeiros. A ação está longe de ser dispendiosa, mas continua a ser necessária prudência dadas as desilusões do passado. Manter.
Kraft Heinz
Mais uma vez, o grupo alimentar anunciou ótimos resultados. Devido ao abrandamento das restrições, a receita orgânica no segundo trimestre diminuiu 2,1% em comparação com o nível excecional registado no auge da pandemia no ano passado mas subiu 5% face ao segundo trimestre de 2019. A Kraft Heinz continua a focar-se no plano de transformação com o objetivo de modernizar as suas marcas e de conseguir um melhor envolvimento com os consumidores. Contudo, como os concorrentes, é confrontado com o aumento dos custos.
Apesar de uma taxa de penetração relativamente elevada das marcas brancas (que limita o seu pricing power) consegue preservar as margens. Ao focar-se em produtos com maior potencial de crescimento à custa de segmentos menos promissores (como alguns frutos secos recentemente vendidos à Hormel Foods), conseguiu aumentar os preços em 1,5% no segundo trimestre. Uma medida que irá aliviar os receios da inflação. Confirmamos a estimativa de lucros por ação em 2,50 dólares para 2021 e 2,60 dólares para 2022.
À cotação atual, as ações continuam subvalorizadas: negoceiam abaixo do valor contabilístico (0,9 vezes) e menos de 15 vezes o lucro estimado para 2021. Além disso, o rendimento do dividendo situa-se em 4,4%, valor muito atrativo sobretudo nos EUA. Comprar.
Schneider
O grupo industrial francês voltou a aumentar os objetivos para 2021: crescimento da receita entre 11 e 13% (vs. 8-11%) e do lucro operacional entre 19 e 24% (vs. 14-20%), excluindo aquisições. Os bons resultados da primeira metade do ano explicam parcialmente esta aceleração do crescimento anual. A Schneider está a beneficiar da recuperação económica e da procura dos seus clientes. O aumento dos volumes e dos ganhos de produtividade contribuiu significativamente para a melhoria dos lucros operacionais. A evolução da oferta do grupo para o software, digitalização e renováveis também explica o crescimento do grupo em 2021.
Esperamos que a procura continue a ser dinâmica no resto deste ano e em 2022. Por conseguinte, o atual nível de rentabilidade pode continuar a aumentar. A ficar atento ao impacto do aumento das matérias-primas e dos componentes eletrónicos dos quais a Schneider é um grande consumidor. Revemos em alta as nossas estimativas de lucros por ação: 5 para 5,8 euros em 2021 e de 5,3 para 6,2 euros em 2022.
A Schneider está bem posicionada em mercados em crescimento, o que lhe permite elevar os seus objetivos financeiros para o ano em curso. A boa perspetiva justifica que a atual valorização esteja um pouco elevada. Comprar.
Toromont
A canadiana Toromont reportou lucros trimestrais em linha com as nossas expectativas. O grupo está a beneficiar da recuperação das vendas e dos rendimentos com os alugueres. Está também a conseguir reunir um nível muito bom de encomendas em todas as suas áreas de venda: mineração, construção e energia. Ao mesmo tempo, prossegue a expansão gradual da rede comercial. Os resultados beneficiarão do forte crescimento esperado da economia nas próximos meses de 2021 e 2022. A compra das ações desta empresa é também uma boa forma de se expor ao bom desempenho da economia canadiana.
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