- Investimentos
- Ações
- Análises de Ações
- Em destaque: Amazon, Assa Abloy, Bayer, Engie e Novartis
Em destaque: Amazon, Assa Abloy, Bayer, Engie e Novartis
Há um ano - 1 de junho de 2021Amazon.com
A corrida pelos conteúdos na indústria dos media continua. A Amazon comprou o lendário estúdio MGM (James Bond, Rocky, Vikings, Fargo) por 8,45 mil milhões de dólares. Uma operação que permitirá expandir consideravelmente o catálogo de filmes oferecido pelo serviço Amazon Prime. Considerada uma ferramenta essencial para fidelizar o cliente no comércio eletrónico, o desenvolvimento do catálogo Amazon Prime é uma prioridade do grupo, que já aumentou a oferta desportiva nos últimos meses (jogos da NFL, exclusividade em partidas do Roland-Garros).
A Amazon Prime tem mais de 200 milhões de assinantes e, em média, um cliente subscritor nos Estados Unidos gasta 1400 dólares por ano no site, em comparação com os 600 dólares por parte de um que não seja subscritor. Mantenha.
Assa Abloy
Na reunião anual com os seus investidores, a administração da Assa Abloy anunciou que antecipa um impacto negativo do aumento dos preços das matérias-primas nos seus resultados. Um fenómeno que tem impactado todo o setor de bens de equipamento nos últimos meses, incluindo a Schneider e a Atlas Copco. Estas matérias-primas (60% aço) representam 35% das vendas. O impacto na margem será no máximo de 0,5% de um total de 16% esperado para 2021 (14,3% em 2020).
A Assa Abloy responde de duas formas. Em primeiro lugar, aumentará os seus preços de venda em cerca de 3% nos próximos trimestres. O valor acrescentado da sua produção permite-lhe tal aumento. Em segundo lugar, pode contar com o seu plano lançado no final de 2020. Este vai além dos cortes de custos tradicionais e visa reorientar o grupo para as atividades mais rentáveis. O impacto destas medidas será sentido já nos resultados do quarto trimestre de 2021 e em 2022. A administração mantém os objetivos de rentabilidade e crescimento a longo prazo, combinando expansão orgânica, aquisições e tecnologia. A fragmentação deste mercado dá muitas oportunidades de crescimento.
A Assa Abloy confirma que o aumento do preço das matérias-primas será compensado pelo aumento dos seus preços de venda, mas com um desfasamento de alguns meses. As ações não estão baratas, mas merecem um lugar na sua carteira: compre.
Bayer
Revés para a Bayer. Um juiz americano recusou um acordo para o grupo alemão provisionar só 2 mil milhões de dólares para lidar com possíveis reclamações futuras sobre o seu controverso herbicida Roundup. Esta decisão amplia os riscos legais da Bayer nos Estados Unidos, quando o grupo já havia resolvido em junho de 2020 cerca de 125 mil reclamações (das quais 30 mil ainda estão em negociação) por 10 a 11 mil milhões de dólares. Assim, apesar da cotação das ações e dos bons resultados no primeiro trimestre, não alteramos o conselho: mantenha.
Engie
A Engie prossegue a sua estratégia de transformação com a venda de 10% do capital da GTT, especialista em membranas para transporte de gás liquefeito. O grupo tem como objetivo vendas de 9 a 10 mil milhões de euros, parte dos quais serão usados para investimentos em energias renováveis. Cotada em 12 vezes o lucro de 2021 contra 17 do setor, consideramos a ação muito penalizada. Pode comprar.
Novartis
A cotação da farmacêutica suíça estagnou durante o último ano, o que é injustificado. É certo que o grupo está ausente das vacinas. Em 2015, a Novartis trocou esta atividade (exceto contra a gripe) pelo portfólio de oncologia da britânica GlaxoSmithKline e vendeu as suas vacinas contra a gripe à empresa australiana CSL.
Mas a Novartis tem posições sólidas em várias áreas terapêuticas fundamentais. Em primeiro lugar, a oncologia (30% das vendas), cujo volume de negócios aumentou 4% (excluindo os efeitos cambiais) durante o primeiro trimestre. Além disso, beneficia do forte crescimento do Cosentyx (+11%) na imunologia e do Entrestro (+34%) nos tratamentos cardiovasculares. Finalmente, na esclerose múltipla, os tratamentos recentes Mayent e Kesimpta seguem o Gilenya. A única nuvem é a subsidiária dos genéricos, Sandoz (-13%), cujos preços estão a cair sob pressão da concorrência. Condições difíceis que continuarão este ano. A Novartis confirmou amplamente a sua perspetiva para 2021.
Estimamos lucros por ação de 3,7 francos em 2021 e de 4,1 em 2022. O grupo é prudente mas manterá suporte à Pfizer/BioNtech e à CureVac para produzirem as suas vacinas anti-Covid. O bom portfolio de produtos confere também trunfos para o crescimento nos próximos anos. Continuamos a recomendar a compra.
O conteúdo deste artigo pode ser reproduzido para fins não-comerciais com o consentimento expresso da DECO PROTESTE, com indicação da fonte e ligação para esta página. Ver Termos e Condições.