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Em destaque: Bayer, Exxon, Orange, Sanofi e Total
Há um ano - 8 de abril de 2021Bayer
Depois de um complicado 2020, o crescimento das vendas do grupo germânico deverá aumentar ligeiramente em 2021, antes de acelerar a partir de 2022 para atingir 43 a 45 mil milhões de euros até 2024 (contra 41,4 em 2020). A Bayer conta ainda com o um programa de eficiência para aumentar a rentabilidade, através de reduções anuais de custos superiores a 1,5 mil milhões de euros a partir de 2024 (1,5 euros por ação antes de impostos).
À parte disso, a divisão farmacêutica preocupa. As vendas vão diminuir até 2024, devido a perdas de patentes para dois dos seus principais medicamentos, Xarelto (anticoagulante) e Eylea (degeneração macular do olho).
A Bayer tem de investir para expandir o seu pipeline numa altura em que os recursos financeiros são limitados pelo peso da dívida (aquisição da Monsanto) e pelos custos do litígio em torno do glifosato. Por isso, o grupo está a reorientar as suas áreas terapêuticas e a focar-se nas terapias genéticas (através da compra de biotecnológicas) para reforçar o seu crescimento após 2025. Entretanto, a Bayer ajudará a CureVac a produzir a sua vacina, um bónus insuficiente.
Está traçado o rumo para os próximos anos com um crescimento mais dinâmico, mas as disputas sobre o glifosato continuam a ser uma preocupação. Apesar da cotação deprimida, limite-se a manter.
Exxon
Petrolífera regressa aos lucros no primeiro trimestre de 2021, depois de quatro trimestres no vermelho. O grupo beneficia da recuperação do preço do petróleo nos últimos meses. Não é uma surpresa e não alteramos o conselho: mantenha.
Orange
A operadora francesa de telecomunicações está a ter dificuldades em regressar ao crescimento. Depois de ter caído 1% em 2020, o lucro operacional manter-se estável na melhor das hipóteses em 2021. O desempenho relativamente bom das atividades em África e no Médio Oriente (10% do volume de negócios) não compensa a fraqueza recorrente das atividades na Europa, particularmente em França (40% do VN).
É claro que o grupo não fica de braços cruzados e anunciou a criação de uma entidade dedicada às antenas de retransmissão na Europa, uma oferta de compra da Orange Belgium e o lançamento de um plano de redução de custos.
O nível de dívida relativamente razoável dá-lhe alguma liberdade para se diversificar noutras áreas, como a banca. Mas o seu histórico de monopólio do Estado, que ainda detém 23% do capital, complica o negócio. Na ausência de perspetivas de crescimento dos lucros, o dividendo esperado de 0,7 euros em 2021 propicia um rendimento de quase 7% à cotação atual, continua a ser o principal atrativo. Esperamos lucros por ação de 1,02 euros em 2021 e 1,07 euros em 2022.
A Orange , tal como a maioria dos operadores europeus de telecomunicações, não tem catalisador para voltar a crescer. Mas, se detém as ações, pode manter devido ao dividendo.
Sanofi
A farmacêutica francesa irá construir uma nova unidade de produção no Canadá para responder à procura crescente de vacinas contra a gripe. Com o aparecimento do coronavírus, as pessoas em risco multiplicaram as medidas de precaução, um efeito que perdurará. É o segundo investimento anunciado em menos de um ano. A Sanofi mostra vontade de manter-se um protagonista nas vacinas, apesar do atraso no desenvolvimento da sua própria vacina contra a covid. Comprar.
Total
O diretor da petrolífera reitera que o preço do petróleo ainda lhe parece um pouco elevado na conjuntura atual, marcado por uma procura ainda deprimida. Além disso, a Total suspendeu a construção do seu importante projeto de gás natural liquefeito no norte de Moçambique, em Cabo Delgado, fruto dos recentes ataques armados nessa região. Manter.
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